A Brasilidade e a musicalidade versátil de Lenine vão ser apresentadas na segunda edição de 2010, do projeto MS Canta Brasil, promovido pelo governo do Estado, neste domingo (4). O evento, realizado pela Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul (FCMS), trará ainda para representar a cultura regional, a banda Curimba. Os shows acontecem a partir das 17h30, no Parque das Nações Indígenas. A entrada é franca.
Cantor, compositor, arranjador, músico e produtor. Lenine tornou-se uma personalidade da música brasileira, reconhecida pelo grande público, pela imprensa, por artistas e multiplicadores de opinião. O som inovador transpõe as fronteiras do Brasil e as turnês costumam passar por dezenas de países.
Lenine foi para o Rio de Janeiro no final dos anos 70, início dos 80.
Naquela época havia pouco espaço ou recursos para música em Recife. Para ele o Rio seria um possível ou provável crescimento. Morou com alguns amigos, compositores, que são até hoje seus parceiros em tudo. Compunham e criavam, tentando sobreviver numa época em que o som do grupo era uma mistura do regional com MPB e o mercado só trabalhava com o rock.
As músicas de Lenine foram gravadas por muitos talentos que permeiam todos os tipos de som. Elba foi a primeira a gravar uma canção sua, depois vieram Fernanda Abreu, O Rappa, Milton Nascimento, Maria Rita, Maria Bethânia e muitos outros que confirmaram que sua verdadeira vocação é a composição. Produziu os CDs “Segundo” de Maria Rita, “De uns tempos pra cá” de Chico César, “Lonji” de Tcheka, cantor e compositor do Cabo Verde, e “Ponto Enredo” de Pedro Luis e a Parede.
Trabalhou também em televisão com diretores como Guel Arraes e Jorge Furtado. Para eles fez a direção musical de “Caramuru a Invenção do Brasil” que depois de minissérie, virou um longa-metragem. Fez ainda a direção musical de “Cambaio”, musical de João Falcão e Adriana Falcão, baseado em canções de Chico Buarque e Edu Lobo.
De todos os seus CDs, eleje o “Olho de Peixe” como o mais importante de sua carreira, porque foi com ele que descobriu que a música poderia me levá-lo a qualquer lugar. Entre os álbuns do artista, figuram“Baque Solto”, em parceria com Lula Queiroga (Polygran), ”Olho de peixe”, em parceria com o percussionista Marcos Suzano, “O Dia em que Faremos Contato”, seu primeiro disco solo (BMG), “Na Pressão” (BMG), “Falange Canibal” (BMG), “Lenine InCité” - CD e DVD, gravado ao vivo em Paris, na Cité de La Musique, “Lenine Acústico MTV” (Sony BMG) e Labiata (Universal).
Curimba
Formada em 2008, o som da banda Curimba é novidade na música campo-grandense. A banda nasceu e cresceu no cenário universitário: ficou em segundo lugar no 16º Festival Universitário da Canção (FUC), da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS).
A Curimba é integrada por Adrian Okumoto no baixo, Carlixo na guitarra, Renan Okumoto no violão, Japão na bateria, Chicá na percussão e André Stábile no vocal. Grande parte do grupo tem descendência japonesa, mas seus integrantes defendem que a brasilidade independe do sangue para estar presente. “Nossa intenção é que nossas músicas autorais mostrem um pouco da cultura urbana de Campo Grande sem enfocar tanto o Pantanal como tema das composições”, explica Adrian.
O grupo musical tem como influências o samba, o rap, o rock, o funk e o reggae. “Nossas letras falam de gente comum e exploram os elementos urbanos do Estado, conhecido nacionalmente por suas belezas naturais”, destaca o vocalista. A Curimba toca também versões de artistas nacionais como Pedro Luis e a Parede, Novos Baianos, Caetano Veloso, Martinho da Vila, Jorge Bem, Vinicius de Moraes e Tom Jobim.
Postado por CADERNO B às 14:29 0 comentários
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