Assim como cada pessoa percebe a arte de uma maneira particular,
considerando sua história, seu momento e seu entendimento das
representações artísticas, os artistas também dão formas distintas
para a mesma maneira de fazer arte.
Na exposição “Desmedidas da Representação”, os pintores brasileiros
Carlos Nunes e Felipe Scandelari, o chileno Javier Rodriguez e Diego
Cerulli, da Argentina, exibem suas obras no Instituto Luís de
Albuquerque (ILA), durante o 6º Festival América do Sul (FAS), em
Corumbá.
“O grande chamativo desta mostra é que os pintores são jovens e
utilizam a mesma arte [a pintura] para representar sua realidade. As
obras não são regionalizadas, trazendo sentimentos universais para o
público que vão além das telas”, explica Rafael Maldonado, curador da
exposição e coordenador de Artes Plásticas do 6º FAS.
As telas de Carlos Nunes utilizam cores fortes e colagens para
impactar o espectador pela visão do corpo humano, solitário, casal ou
com animais. E Felipe Scandelari, pintor curitibano de 27 anos,
vale-se do óleo sobre tela para valorizar as formas. “Cada quadro é um
objeto do dia-a-dia, onde procurei ressaltar seus contornos, deixando
que a compreensão fique para cada um”, explica Felipe.
O chileno Javier Rodriguez, também com tinta a óleo, compõe obras
escuras, com aspecto sombrio. Um diferencial é que o artista não
utiliza telas comuns, mas sim, chapas de madeira. Por sua vez, o
argentino Diego Cerulli resgata sua memória afetiva na composição de
seus quadros a óleo.
A distância, as obras parecem tridimensionais, querendo sair do espaço
da parede. E a proximidade física também traz as próprias lembranças
de uma roupa lavada, do casaquinho de bebê e das peças femininas de
seda.
“Desmedidas da Representação” fica em exposição até domingo (3), das 8
às 20 horas, no ILA, localizado na Praça da República, 119, no Centro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário