sexta-feira, 13 de junho de 2008

Imigração japonesa é tema de evento no Marco

O Museu de Arte Contemporânea de Mato Grosso do Sul (Marco) realiza no próximo dia 17 evento especial alusivo aos 100 anos da imigração japonesa. Parte do Projeto Paralelos do museu, o evento começa às 19 horas, com a apresentação de Taikô (tambores japoneses) da Associação Clube Okinawa e a exibição do vídeo "Arigatô - um olhar sobre a imigração japonesa em Campo Grande", seguido de debate com a diretora do documentário, Maristela Yule.

O Projeto Paralelos, criado em maio de 2007, busca novas formas no cumprimento de sua função educativa e no compromisso com a comunidade, com o objetivo de promover ações reflexivas no campo da arte, cultura e educação. Através de palestras, cursos, bate-papos e oficinas o Projeto também busca criar relações históricas, conceituais e estéticas com as obras em exposição em seu espaço.

Arigatô

O documentário "Arigatô - um olhar sobre a imigração japonesa em Campo Grande" foi realizado durante os meses de maio a dezembro de 2005, com recursos do FMIC (Fundo Municipal de Incentivo à Cultura), da Prefeitura de Campo Grande, através de um convênio entre a Associação Nipo Brasileira e a Fundação Municipal de Cultura (Fundac).

Produzido e dirigido pela jornalista Maristela Yule, Arigatô lança um olhar sobre a história da imigração japonesa e sua influência na formação da cultura local. Esse olhar se materializa através de depoimentos de imigrantes e seus descendentes e também de pessoas que acompanharam de perto essa trajetória.

Com eles é possível conhecer um pouco mais dessa saga: a chegada dos primeiros imigrantes em Mato Grosso do Sul, a participação na construção da estrada de ferro, a chegada deles a Campo Grande em 1914, a fixação na área rural, a vinda para a cidade, o sofrimento com a 2ª guerra mundial, a importância dada à educação formal, o respeito aos antepassados, a inserção no mercado de trabalho e na sociedade local, o sucesso profissional, o conflito entre ser japonês e ser brasileiro, as associações de apoio à cultura japonesa e o movimento Dekassegui, que desde a década de 80 leva os descendentes de japoneses a fazerem o caminho inverso, indo do Brasil para o Japão em busca de uma vida melhor.

No documentário são revelados modos de vida e de existência de japoneses e seus descendentes e de como tudo isso tem contribuído para a formação de uma identidade sul-matogrossense, seja através da arte, da música, da dança, da culinária, da economia como também de exemplos de coragem, trabalho, obstinação e muita solidariedade.

Maristela Yule de Queiroz é Jornalista profissional, formada desde 1982 pela Universidade de Ribeirão Preto (Unaerp), com ampla experiência na área de televisão, vídeo e assessoria de imprensa. Começou sua carreira como repórter na TV Morena em 1983. Em São Paulo passou pelas TV Manchete, Bandeirantes e Cultura, além da Assessoria de Imprensa da Secretaria Estadual de Meio Ambiente.

De volta a Campo Grande em 1995, continuou trabalhando na área de vídeo e imprensa. Atualmente exerce o cargo de Assessora de Comunicação da empresa Águas Guariroba e atua como free-lancer na área de audiovisual.

Serviço:

O evento tem entrada gratuita. Caso o visitante necessite de atestado de comparecimento para uso escolar, será cobrado R$ 1,00 (um real). Mais informações no Marco, unidade da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul (FCMS), localizada na Rua Antônio Maria Coelho, 6000 - Parque das Nações Indígenas. Telefone (67) 3326-7449. ou no site do museu: www.marcovirtual.com.br

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