segunda-feira, 31 de março de 2008

Barão Vermelho refaz foto clássica






Reunidos na Lapa, no cenário da foto histórica da capa do LP Maior Abandonado (1984), Guto Goffi, Dé e o tecladista Maurício Barros, outro fundador do Barão Vermelho, lembraram o encontro com Cazuza que mudou a vida de todos.

"Éramos café com leite, garotos de colégio, e ele já na doideira. Foi a cereja carismática no bolo do Barão", lembrou Maurício, 43 anos, parceiro de Cazuza e Guto na seminal Billy Negão.

"Rock, Dolores Duran, Lupicínio Rodrigues, isso tudo na cabeça dele era igual. E não tinha erro. Você mandava a melodia e, na manhã do dia seguinte, ele te acordava cantando a música pronta. Um amigo que faz uma falta terrível", completou Dé.

Guto Goffi, o único baterista na história da banda, imaginou: "Se Cazuza estivesse na área, certamente teria feito novas turnês com o Barão. Sua poesia não tem igual, é navalha que agride, corta, fere."

Autor do livro biográfico Barão Vermelho - Por Que A Gente É Assim, com Guto e Ezequiel Neves, o jornalista Rodrigo Pinto opina: "Em sua geração, Cazuza citava menos e digeria mais suas infl uências. Escrevia em linguagem direta, sem blablablá. Uma poesia de 'messenger', nesse sentido, contemporânea."

A mãe de Cazuza, Lucinha Araújo, que dirige a Sociedade Viva Cazuza - referência internacional no tratamento a portadores do vírus da aids - afirma: "Ele é insubstituível não apenas no meu coração, mas no Brasil. Todo ano celebro missas de nascimento e morte, e um padre já me pediu licença e cantou Codinome Beija-Flor na igreja", conta Lucinha.

O Dia

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