sexta-feira, 12 de abril de 2013

Criador do Twitter aposta no Vine e em crescimento no Brasil


Terra
Um dos fundadores do Twitter, Jack Dorsey afirmou nesta segunda-feira, em São Paulo, que o Vine - aplicativo da rede social para vídeos curtos - tem um grande potencial para cair no gosto popular, que a equipe da empresa no Brasil ainda é pequena, mas está em crescimento, e que não tem qualquer receio de que as pessoas abandonem o site por conta do Facebook. Dorsey participou nesta manhã de uma palestra para alunos da Fundação Getúlio Vargas (FGV) ao lado do brasileiro Guilherme Ribeinboim, executivo da empresa em São Paulo. "O Vine é um tipo de arte nova, uma maneira de se expressar. Pensamos em 5 segundos, em 10 segundos, mas chegamos à conclusão que 6 segundos é o tempo ideal para se expressar uma ideia. É uma espécie de foto em movimento. Gostaria que todos entrassem no Vine. O Twitter teve crescimento surpreendente. No Brasil, ainda temos uma pequena equipe, mas que cresce. O brasileiro é um consumidor de tecnologia sofisticado e o que acontece aqui tem reflexo global", disse ele.

Ele disse não ter receio de que as pessoas esqueçam o Twitter por conta do crescimento do Facebook, que ele nem considera um concorrente direto. "O Facebook está mais relacionado à rede de amigos, ao que essas pessoas estão fazendo. No Twitter você pode construir uma rede social seguindo pessoas que você não conhece diretamente, mas que tragam a você um interesse específico, como artistas, políticos. Se eu quero saber como está o tempo, o que está acontecendo ao meu redor, no mundo, a primeira coisa que eu faço é ver o Twitter", diz. Ele cita o exemplo do Irã que utilizou o Twitter em massa para protestar contra o processo eleitoral do país em 2009, que teve suspeita de fraudes. "Para mim, o Irã era uma caixa preta. Ali, eu vi pessoas se manifestando, consegui ver os indivíduos. Quanto mais a gente observa isso, cria uma maior empatia. Há, com isso, o potencial de minimizar alguns conflitos (por desconhecimento)", diz.

Dorsey disse que vê os programadores brasileiros como bastante criativos e no mesmo patamar dos que existem em outras áreas do mundo e que ficou impressionado com a forma que se deu a adoção e o interesse do brasileiro pela tecnologia. "O mais importante é que tenhamos um número cada vez maior de pessoas aprendendo a fazer programação. O Brasil é um País que se move rapidamente em relação à tecnologia", observou. Ele afirmou ainda que o grande número de perfis inativos no Twitter não é necessariamente uma preocupação. "Muita gente apenas lê. É um uso válido. Isso foi criado pelos seguidores, pelos usuários", disse ele, que promete a constante agregação de inovações.

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