Divulgação |
Cena do filme |
Sandra Bullock (Miss Simpatia) é Margaret Tare, uma megera editora de livros que, para poder continuar vivendo nos Estados Unidos, precisa jogar-se aos pés do seu subalterno, vivido por Ryan Reynolds (X-Men-Origens: Wolverine) e forçá-lo a casar-se com ela.
Dirigido por Anne Fletcher, ex-coreógrafa que virou diretora de cinema, responsável por Vestida Para Casar (2008) e Ela Dança, Eu Danço (2006), A Proposta não se dá ao trabalho de esconder nenhuma de suas inspirações - desde a chefe tirânica de O Diabo Veste Prada até uma nudez pudica de Sandra Bullock, à la Diane Keaton em Alguém Tem que Ceder.
Margaret é uma chefe sem coração ou com muito escrúpulo. Para piorar, ela é canadense e se esqueceu de renovar o visto de permanência nos Estados Unidos. A solução para continuar no país é casar-se com Andrew, que trabalha diretamente sob suas ordens e é seu capacho pessoal. Em troca do casamento, ele pede uma promoção. Afinal, o sonho do moço sempre foi ser editor.
Antes de o casamento de fachada se concretizar, Andrew leva Margaret para a casa de sua família no Alasca, para comemorar os 90 anos da avó, vivida pela veterana Betty White (A Casa Caiu).
Chegando lá, a editora percebe que a família de Andrew é rica e que ele abriu mão desse pequeno império para tentar a sorte em Nova York. Ela também vai perceber o quanto a solidão a transformou numa pessoa amarga e mesquinha e que Andrew, na verdade, nem a merece.
Em sua temporada com a família de Andrew participando de algumas confusões constrangedoras, como um striptease masculino, Sandra mostra sua boa veia cômica.
Apesar do status de estrela de Hollywood, ela já provou (especialmente na série Miss Simpatia) que não mede esforços para fazer rir, mesmo que tenha de cair de saltos altos ou levar torta na cara se preciso for. Pena que A Proposta desperdice esse talento.
Como A Proposta terminará não deve ser surpresa para ninguém. Afinal, o roteiro assinado pelo estreante Pete Chiarelli não se dá ao trabalho de disfarçar sua obviedade, clichê após clichê.
Reuters/Terra
Nenhum comentário:
Postar um comentário