quarta-feira, 28 de dezembro de 2022

Vereadores de Campo Grande debatem reajuste dos motoristas de ônibus e aumento da tarifa

 

                                           Foto: Divulgação



Dando continuidade às negociações entre a prefeitura de Campo Grande e o Consórcio Guaicurus, que é quem opera o transporte público na Capital, a Comissão de Transporte e Trânsito da Câmara Municipal voltou a se reunir para debater medidas para evitar que os motoristas entrem em greve mais uma vez. 


De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Coletivo Urbano de Campo Grande (STTCU-CG), a categoria pede reajuste salarial de 16%, mas, em contrapartida, o Consórcio oferece apenas a reposição inflacionária dos últimos 12 meses, que é de 6,46%. 


O presidente da Comissão, vereador Coronel Alírio Villasanti, afirmou que é preciso anular toda possibilidade de greve, já que o transporte coletivo é um serviço essencial e atende a centenas de usuários. 


“A Câmara não tem se furtado em discutir o transporte coletivo. Temos que debelar a possibilidade da greve. Não podemos deixar que serviços essenciais sejam paralisados. Temos 150 mil usuários que precisam do serviço para suas atividades cotidianas”, frisou. 



Além do reajuste e possibilidade de greve, a Comissão também debateu sobre o reajuste da tarifa, que será posta em prática a partir de 17 de janeiro de 2023. 


Segundo o presidente do Consórcio Guaicurus, João Rezende, o cálculo do valor será feito após selado o acordo sobre o reajuste dos trabalhadores.


“A tarifa pública, que a prefeita decreta, pode ser menor que a tarifa técnica, que é definida pela Agência de Regulação, mas o município deve subsidiar a diferença”, disse.


Também participaram do encontro os vereadores Ronilço Guerreiro, Zé da Farmácia e João César Mattogrosso, além de representantes da Agereg (Agência Municipal de Regulação), Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito) e MPE (Ministério Público Estadual). 


É prevista uma nova reunião entre o Consórcio e os trabalhadores para tentar definir um reajuste. Contudo, de acordo com o apurado pelo Correio do Estado, a base de cálculo será a inflação, ficando abaixo do requerido pelos motoristas. 


AMEAÇA DE GREVE

Conforme já mostrado pelo Correio do Estado, os motoristas do transporte coletivo estão com indicativo de greve desde quinta-feira passada (22). O anúncio foi feito após o Consórcio Guaicurus informar que não pode se comprometer com futuros reajustes. 


Em vídeo gravado na semana passada, Demétrio de Freitas, presidente do sindicato da categoria, informou que o impasse se deve a incerteza de quanto será o reajuste da tarifa do transporte público para o ano que vem. 


“Nós pedimos, através de ofício, para que o Consórcio retomasse as negociações, até porque já está passando um mês da nossa data base, e fomos informados de que não vão mais sentar com o sindicato, porque não tem condições de estar assumindo nenhum compromisso sem o aumento da tarifa”, relatou.


Conforme noticiado anteriormente, o valor da tarifa técnica apresentado pela Agência de Regulação dos Serviços Públicos Delegados de Campo Grande (Agereg) para 2023 poderia chegar a R$ 8,00, mas a Prefeitura não é obrigada a aceitar o valor estipulado pela Agência Reguladora


A resposta a respeito do novo valor da tarifa deve acontecer até o dia 31 de dezembro.


Colaborou Eduardo Miranda

Com informação do Portal Correio do Estado

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