quinta-feira, 11 de agosto de 2011

ARCA faz homenagem á Imigração Japonesa hoje



A Prefeitura de Campo Grande, por meio da Fundação Municipal de Cultura (Fundac), realiza a quarta edição do “Fim de Tarde Japonesa no Arquivo”, promovido pelo Arquivo Histórico de Campo Grande (ARCA). O evento será no dia 11 de agosto, quinta-feira, a partir das 18h, e também faz parte das atividades realizadas em homenagem ao aniversário da Capital, comemorado no dia 26 de agosto.

O objetivo é valorizar os imigrantes que ajudaram no desenvolvimento e na composição da identidade étnica e cultural da cidade. Muitos japoneses que aqui chegaram, eram provenientes do navio Kasato Maru, que desembarcou no Brasil em 1908, trazendo o primeiro grupo de imigrantes nipônicos para o país.

O Fim de Tarde Japonesa no Arquivo, contará com exposições de fotos e documentos históricos, além de apresentações culturais, como a dança okinawana do Grupo Odorê da Associação Okinawa, demonstrando características da cultura japonesa preservada pelos descendentes dos imigrantes. A ARCA fica na Rua Pedro Celestino, 1378.

História

A construção da Estrada de Ferro Noroeste do Brasil teve início no final da década de 1910, necessitando de abundante mão-de-obra, que consequentemente, atraiu trabalhadores japoneses, sendo estes, uma das maiores forças de trabalho na época.

As obras da ferrovia tiveram duas frentes de trabalho, uma que partia da cidade de Bauru, interior de São Paulo e outra de Corumbá, no então Estado de Mato Grosso. Os trabalhadores japoneses se concentraram em ambas e chegavam ao Brasil pelo porto de Santos, onde eram recrutados para o trabalho na hospedaria dos imigrantes, na cidade de São Paulo, ou desembarcavam em Corumbá, provenientes de outros países da América do Sul, como por exemplo, o Peru.

A união dos trilhos em Campo Grande, na conhecida Estação de Ligação, fez com que grande maioria dos trabalhadores se fixasse na cidade, que possuía grandes extensões de terras. Os nipônicos adquiriram lotes, formando colônias e dedicando-se ao cultivo de hortifrutigranjeiro. Posteriormente, organizaram-se criando escolas e associações, permitindo a melhoria de vida.

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