quinta-feira, 18 de junho de 2009

Cine Brasil exibe Memórias da Boca do Lixo e Animação Adulta

A Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul exibe na próxima semana, entre terça e sexta-feira (23 a 26), os filmes da Mostra Memórias da Boca do Lixo e Animação para Adultos na programação de junho no \"Cine Brasil – Curtas e Longas no Centro\", projeto que disponibiliza filmes e vídeos em formato de curta e longa-metragem, gratuitamente. As exibições acontecem no Centro Cultural José Octávio Guizzo, toda última semana do mês, às 18h30.

A Mostra relembra a época em que o cinema era feito a baixíssimo custo e usualmente usava-se o terror e as chanchadas. E aproveitando o gancho das memórias vêm às animações para adultos, que são em sua maioria voltadas para a sexualidade e para a violência. A classificação da mostra é de 16 anos.

Na terça-feira (23) serão exibidos dois filme: “Candeias da Boca para Fora” (17’/SP/DOC/2002), com direção de Celso Gonçalves, conta um retrato original de um dos mestres do Cinema Marginal, Ozualdo Candeias, realizador dos clássicos “A Margem” e “Zezero”; genuinamente um cineasta do povo. Tem também divertidos e controversos depoimentos de personalidades do cinema como Zé do Caixão, Carlos Reichenbach, Inácio Araújo e Jairo Ferreira.

Já “Soberano (15’/SP/DOC/2005), com direção de Kiko Mollica e Ana Paula Orlandi, mostra reminiscências que resgatam a trajetória do bar Soberano, símbolo da intensa e espontânea produção do movimento cinematográfico da Boca do Lixo.

Quarta-feira (24) - “Boca Aberta” (20’/SP/DOC/1984), com direção de Rubens Xavier, documentário realizado em 1984, enfoca alguns dos principais protagonistas da cinematografia ligada à Boca-do-lixo, como Odi Fraga, que dirigiu inúmeros longas sobre a temática do sexo explícito, Ozualdo Candeias, com uma filmografia mais autoral e Toni Vieira, que dirigiu mais de 20 filmes. A rotina de atores e produtores ligados a este pólo de produção de filmes de apelo mais popular e que foram responsáveis pela produção das comédias eróticas das décadas de 60 e 70.

Ainda na quarta será exibido “O Galante Rei da Boca” (51’/RJ/DOC/2003), com direção de Alessandro Gama e Luís Rocha Melo. Galante produziu filmes de cangaço a comédias eróticas, dramas psicológicos e filmes policiais, passando por bang-bang e filmes de kung-fu, num total de mais de 50 obras. Com depoimentos do próprio Galante, trechos de seus filmes, imagens de São Paulo e da Boca do Lixo de ontem e de hoje e entrevistas inéditas com nomes como Carlos Reichenbach, Jairo Ferreira, Rogério Sganzerla, Inácio Araújo, Severino Dadá, Miro Reis, Sylvio Renoldi, Pio Zamuner, Antônio Meliande, Cláudio Portioli, Sebastião de Souza e João Silvério Trevisan (técnicos, diretores e críticos que fizeram a história do cinema brasileiro), O Galante Rei da Boca é um documentário que, com humor e a simpatia peculiares de seu personagem central, reflete e informa sobre o fazer cinema no Brasil.

A quinta-feira (25) tem três exibições: “Sushiman” (20’/RJ/ANI/2003), com direção de Pedro Iuá, mostra a tentativa desesperada de resolver um triângulo amoroso. Também participa da exibição o filme “Essa Animação Não Tem Nome” (3’25’’/SP/FIC/2002), com direção de Gustavo Russo e Thomas Larson. O filme conta a história de um animador que leva o projeto de animação para produtor de TV regional do interior de São Paulo. Frustrado com a primeira experiência, participa da primeira reunião da Sociedade dos Cineastas Anônimos do Interior.

Na seqüência será exibido “Santa de Casa” (18’/RJ/ANI/2006), com direção de Allan Sieber. O filme conta sobre Oséias, que leva uma vida desregrada até que sua mulher tem problemas no parto. Desesperado, faz então uma promessa: se a filha sobrevivesse, ela se chamaria Aparecida, ele pararia de fumar, e durante três Carnavais ele vestiria ela de santa e a colocaria em cima de um andor no meio do seu bloco, o Grêmio Carnavalesco Quem Nunca Sentiu Vai Sentir Agora.

Finalizando a Mostra, na sexta-feira (26) é a vez de seis filmes. “Almas em Chamas” (11’/SP/ANI/2000), com direção de Arnaldo Galvão, conta uma incendiária história de amor. Em seguida será exibido o filme “Quando Jorge Foi à Guerra” (8’/PR/ANI/2004), com direção de Tadao Miaqui. Relata que em 1942, numa época de grande exclusão social, Jorge era o maior deles, e apesar de todos os obstáculos, ele os superou e alcançou seu objetivo.

“Os Três Porquinhos” (4’/RJ/ANI/2006), com direção de Cláudio Roberto, retrata a história infantil adaptada à realidade brasileira. Em seguida o filme “Cidade Fantasma” (7’/RS/ANI/1999), com direção de Lisandro Santos. O filme conta a história de um jovem assalariado que encontra uma garota no verão de Porto Alegre.

Continuando a Mostra “Biribinha Atômica” (3’/SP/ANI/2007), com direção de Ricardo Piologo, Rodrigo Piologo e Rogério Vilela. Cansados das mesmas Biribinhas que não tinham a menor graça, o Mundo Canibal resolveu lançar a Biribinha Atômica que vai deixar a criançada muito mais contente. E finalizando a programação, o filme “Hotel do Coração Partido” (4’30’’/PE/ANI/2006), com direção de Raoni Assis, conta à história de Ronaldo, um homem especial, já que seu coração era evidentemente maior que os corações normais...

Mais informações podem ser obtidas no Centro Cultural José Octávio Guizzo, na Rua 26 de Agosto, 453 ou pelo telefone 3317-1792.


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