sábado, 27 de agosto de 2022

Região Sudeste deve colher 27,14 milhões de toneladas

 


Todos os quatro estados da região registraram crescimento no volume produzido
Por:  -Aline Merladete

Com os quatro estados do Sudeste – Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro e São Paulo – registrando aumentos expressivos na produção de grãos, a Região espera um volume 12,7% maior na safra 2021/2022, em comparação ao produzido na safra passada. 



Segundo o 11º Levantamento da Safra de Grãos da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgado neste mês, o Sudeste deve colher nesta safra 27,149 milhões de toneladas, cerca de 3 milhões de toneladas a mais do que os 24,091 milhões de toneladas registradas na safra passada.


O estudo demonstra que o Brasil terá uma produção recorde para 2021/2022, com estimativa de 271,4 milhões de toneladas de grãos. Trata-se de um volume 6,2% maior do que o colhido em 2020/2021, o que significa 15,9 milhões de toneladas a mais na produção, já que a safra anterior colheu 255,5 milhões de toneladas de grãos.


A Conab aponta que houve ganhos tanto na área destinada ao cultivo de grãos quanto na produtividade média no Sudeste. A área cultivada passou de 6,270 milhões de hectares em 2020/2021 para 6,574 milhões de hectares nesta safra, um aumento de 4,9%. Já na produtividade média, houve um ganho de 7,5%, tendo saltado de 3.842 quilos por hectare em 2020/2021 para 4.130 quilos por hectare nesta safra.


Minas Gerais foi o estado com maior volume de produção: 16,839 milhões de toneladas, 9,4% a mais do que a colheita de 15,392 milhões de toneladas em 2020/2021. Na sequência, aparece São Paulo, com 10,249 milhões de toneladas, 18,6% superior às 8,645 milhões de toneladas da safra passada.


O estado que mais registrou aumento percentual na produção no Sudeste foi o Rio de Janeiro, que passou de 7,2 mil toneladas em 2020/2021 para 9,4 mil de toneladas nesta safra, um ganho de 30,6%. Já no Espírito Santo, a produção deverá ser 8% maior, chegando a 49,8 mil toneladas nesta safra, contra 46,1 mil toneladas colhidas em 2020/2021. 


Demais regiões

O 11º Levantamento da Safra de Grãos da Conab mostrou também que a produção da safra 2021/2022 teve um ganho considerável em quatro das cinco regiões brasileiras. O maior salto foi observado no Nordeste, onde o volume deve ser de 27,540 milhões de toneladas de grãos, uma variação de 16,2% a mais do que na safra anterior.


O percentual no Nordeste é praticamente o mesmo da Região Centro-Oeste, que saltou de 117,371 milhões de toneladas na safra 2020/2021 para 136,194 milhões na safra 2021/2022, um aumento de 16%.


A Região Norte, com um aumento estimado de 15,4% em comparação com a safra 2020/2021, também contribuiu para que o Brasil pudesse alcançar neste ano um número recorde na produção de grãos e deverá colher 14,127 milhões de toneladas nesta safra.


O recorde de produção de grãos da safra 2021/2022 no Brasil teria sido ainda maior se não fossem as variações climáticas. Em novembro do ano passado, quando as áreas das culturas de primeira safra já estavam definidas e as condições do clima vinham ocorrendo dentro dos padrões ideais, previa-se uma produção total de grãos em 291,1 milhões de toneladas, o que corresponderia a um crescimento de 13,9% em relação à safra anterior.


Milho é destaque com expressivo aumento na produção

O milho ocupa papel de protagonista no cenário nacional, com produção estimada de 114,7 milhões de toneladas para essa temporada, sendo 31,7% superior ao produzido em 2020/2021. A primeira safra de 2021/2022 está com a colheita sendo finalizada, já o milho de segundo ciclo está em fase de colheita e o de terceiro ciclo teve o plantio finalizado em julho.


O clima seco e quente registrado em julho favoreceu o avanço da colheita da segunda safra de milho 2021/2022 na maioria das regiões produtoras, passando de 70% da área semeada, que alcançou 16,37  milhões de hectares. A área semeada é 9,2% superior ao da safra 2020/2021 e é a maior área já registrada para o cultivo do cereal no período.  


Com mais de 90% da área já colhida e com a melhor média de produtividade do país, alcançando o rendimento de 6.338 quilos por hectare, Mato Grosso é o estado mais adiantado nos trabalhos relativos à colheita do milho na segunda safra. A produtividade média nacional esperada para esta safra é de 5.339 quilos por hectare, 31,8% superior à da safra de 2020/2021. 


Outros grãos

A principal colheita de grãos no Brasil vem da soja, com uma produção estimada de 124 milhões de toneladas. A colheita já está concluída, e apesar do enorme volume, houve uma redução de 10,2% na produção, resultado de uma severa estiagem observada no Sul do País no final de 2021 e início de 2022. 


Além do milho, o algodão e o feijão tiveram aumento na produção levando-se em conta a safra 2020/2021. Para a pluma, a produção estimada é de 2,74 milhões de toneladas, 16% superior à safra passada. A finalização da colheita está prevista para setembro.


O feijão tem produção total estimada de 3,05 milhões de toneladas, 5,3% superior à safra anterior. Desse volume, 1.813 mil toneladas são de feijão-comum cores, 576,4 mil toneladas de feijão-comum preto e 656,9 mil toneladas de feijão-caupi.


O primeiro e segundo ciclos de feijão cultivados nessa safra já estão com a colheita concluída.  Já o cultivo de terceiro ciclo está iniciando a colheita.


Para o arroz, a produção está estimada em 10,8 milhões de toneladas e a colheita já está concluída.


As graníferas de inverno, como aveia, canola, cevada, centeio, trigo e triticale (cereal híbrido resultante do cruzamento entre o trigo duro e o centeio) estão em campo, apontando, até o momento, produção recorde, podendo chegar a um pouco mais de 11 milhões de toneladas. Operações de colheita já começaram, principalmente para o trigo no Centro-Oeste.


Outros produtos, como amendoim, gergelim, girassol e mamona, também tiveram aumentos expressivos quando comparados à 2020/2021. O gergelim saltou de 56,7 mil toneladas para 98,1 mil toneladas em 2021/2022, um aumento de 73%. A mamona passou de 27,4 mil toneladas para 43,7 mil toneladas (variação positiva de 59,5%) e o amendoim total saltou de 596,9 mil toneladas para 746,7 mil toneladas (25,1% a mais). Já para o girassol, a produção na safra passada foi de 36,2 mil toneladas e subiu para 40,8 mil toneladas (12,7% a mais) nesta safra.


informações são da assessoria. 

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