domingo, 28 de agosto de 2022

Mato Grosso do Sul conta com seis candidaturas LGBT+ em 2022

 

                                          Parada LGBT em Campo Grande - Foto: Gerson Oliveira


Levantamento aponta que candidaturas LGBT+ cresceram 36% em em todo o país desde 2018

ALISON SILVA


 Mato Grosso do Sul registrou seis candidaturas LGBT+ e segundo o portal VoteLGBT, são cinco candidaturas para deputado estadual, bem como uma para deputado federal. 


O levantamento realizado pela organização mostra que 214 candidaturas LGBT+ foram registradas pelos partidos na Justiça Eleitoral. De acordo com a pesquisa,  as candidaturas LGBT+ deste ano superam 36% os registros do pleito de 2018,  ano em que a organização mapeou 157 candidaturas no TSE. 


As candidaturas já confirmadas pelo Divulgacand, portal de candidaturas ligado ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), foram de Jean Ferreira (PDT), Luara do Axé (PDT), e Bruna Riquelme, que registrou candidatura coletiva pelo mesmo partido.  


Além das três candidaturas, Karla Melo do “Coletivo Somos” será a candidata do (PSDB), e Glauber Portman será candidata pelo (PC do B). 


Questionada sobre possíveis empecilhos em seu registro de candidatura junto ao TSE, a candidata Glauber Portman, disse que a junta de documentos foi tranquila. "Sou uma mulher transgênero não-binária - que não se percebem exclusivas a um gênero , e a partir do momento em que a lei me permitiu esses avanços, o processo neste momento foi rápido", disse. 


Até o fechamento desta matéria, a candidata não tinha sua candidatura confirmada junto ao TSE.


Federal

Único candidato a deputado federal, Franklin Schmalz (Psol), de dourados, relatou anteriormente ao Correio do Estado ter registrado na Polícia Civil e Ministério Público Estadual denúncia por injúria, incitação a violência, ameaça e LGBTfobia [crime de ódio].


Em levantamento, Evorah Cardoso, integrante do VoteLGBT disse que "o resultado destas eleições até aqui é histórico”. Segundo a pesquisadora, o novo foco da organização é pressionar as legendas para investir nessas candidaturas. 


"Agora, o desafio é conseguir que os partidos garantam recursos a estas candidaturas, para que não tenham de depender apenas de sua capacidade de mobilização social própria para serem eleitas. Elas precisam de apoio para que o número de LGBT+ eleitas seja um novo recorde também", explica Evorah. 


A divisão por estado, sexualidade, gênero, partidos e outras informações indicam que 64% das candidaturas LGBT+ são negras, 27% são trans e 18% estão presentes em candidaturas coletivas.

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