segunda-feira, 20 de maio de 2013

Marcelo Loureiro e Elinho atraem 1.200, ao Som da Concha


Cerca de 1200 de pessoas estiveram presentes no show de Elinho do Bandoneon e Marcelo Loureiro no projeto Som da Concha da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul, que aconteceu ontem à noite (19 de maio) na Concha Acústica Helena Meirelles, no Parque das Nações Indígenas. Um público mesclado, desde idosos a jovens e criança ovacionaram os instrumentistas que representam duas gerações de amantes da música paraguaia, nos ritmos de polcas e chamamés. Marcelo Loureiro também trouxe novidade aos ouvidos dos presentes: um repertório para harpa, instrumento que nunca havia tocado para o público campo-grandense anteriormente.

Elinho do Bandoneon, acompanhado do músico Amambai e de seu filho Daniel arrancaram aplausos da plateia. Ele agradeceu a Deus pelos seus 70 anos e sua rica trajetória musical no ritmo do chamamé. 

O músico iniciou na carreira musical nos anos 60 como autodidata, tocando acordeon. Em 1980 Elinho abandonou o acordeon para se dedicar ao bandoneon. Foi para Corrientes, na Argentina, onde estão os melhores instrumentistas do chamamé e aprimorou sua técnica. Atualmente Elinho é considerado uma verdadeira lenda viva do chamamé. Possui extenso currículo de apresentações na América do Sul e em outros estados brasileiros. Um veterano do bandoneon, do qual, além de mestre instrumentista, é também lutiê.


O instrumentista Marcelo Loureiro, numa breve entrevista antes de entrar no palco, afirmou que esta é a primeira vez que participa desse projeto e que há muito tempo tinha vontade de estar presente nessa iniciativa que considera muito importante para os músicos locais mostrarem seu trabalho. “Se os músicos não tivessem um espaço como esse, não sei o que aconteceria com o público de Campo Grande”, disse.

A novidade desse show, segundo ele, é a harpa. O músico nunca havia apresentado ao público dos projetos do município ou do governo do Estado, um repertório para harpa. Mas é claro que ele também não vai deixou de tocar os clássicos do violão, como o tango, músicas brasileiras, polcas e chamamés. E ele deixou um recadinho para seus fãs: “Tenham paciência que em breve estará saindo do forno o CD do Marcelo Loureiro instrumentista. Espero que todos me prestigiem e adquiram esse CD”, finalizou.

Loureiro já dividiu o palco com vários artistas de projeção nacional como Almir Sater, Tetê Espíndola, Helena Meirelles, Yamandú Costa e Renato Borghetti e representou a cultura do Estado e do Brasil em eventos por países da América Central, América do Sul e Europa.

Em 2012 participou do Concurso Nacional “Voa Viola”, patrocinado pela Caixa Econômica Federal, no qual foi classificado entre os 12 melhores violeiros do Brasil e ganhou o prêmio na categoria instrumental.

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