Com Assessoria
O governo do Estado, por meio da Fundação de Cultura de Mato Grosso o Sul (FCMS), na próxima quinta-feira (11), apresenta o espetáculo de dança “Rainha”, às 20h30, no Teatro Aracy Balabanian do Centro Cultural José Octávio Guizzo, em homenagem ao Dia Internacional da Mulher. Executado pelo Margaridas Grupo de Dança, de Brasília, ele é inspirado em poemas de escritoras negras e foi contemplado em 2008, pelo prêmio Funarte de Dança Klaus Vianna. Os ingressos custam R$ 10 inteira e R$ 5 meia-entrada. A iniciativa tem a parceria da Coordenadoria Especial de Políticas Públicas para a Mulher.
Como a quarta montagem do grupo, o espetáculo promove a reflexão da mulher negra da atualidade e aborda diferentes olhares sobre questões políticas e sociais e ainda mostra o lirismo encontrado nos textos. Integram o elenco Laura Virgínia, como diretora e intérprete, Cleani Marques como intérprete e Édi Oliveira na criação coreográfica.
"Após ler “O olho mais azul”, da estadunidense Toni Morrison (Prêmio Nobel de Literatura), fui picada pela curiosidade em saber sobre a identidade negra. Ao investigar junto com Cleani, descobrimos um campo vasto de criatividade e dor. Fizemos um recorte no qual se focalizaria os aspectos da mulher contemporânea negra”, explica a diretora, Laura Virgínia.
O artista Édi Oliveira foi convidado para criar as coreografias da nova montagem, em conjunto com as intérpretes. “Preconceito, dignidade, orgulho, consciência, altivez, baixa-estima, medo, luta. Substantivos tão diversos e contrastantes que me ajudaram a construir uma leitura sobre a realidade heterogênea da mulher negra no Brasil atual”, revela o coreógrafo.
Para elaboração dos espetáculo, o elenco fez uma pesquisa literária durante seis meses e optou por usar poemas como base da criação. A maior dificuldade foi encontrar material de escritoras brasileiras, pela ausência de publicações de mulheres negras no país. Os poemas foram usados tanto como inspiração para expressar o imaginário feminino negro, como para compor a própria dança. A marginalização social, o preconceito racial, a sensualidade estereotipada e a ancestralidade negra são algumas questões observadas no discurso das escritoras. “Rainha” transporta esse universo para o palco, com uma estrutura coreográfica que reflete um mosaico de palavras e movimento.
No dia 12, às 10h, no mesmo local, acontece uma oficina gratuita de dança. As inscrições para o curso podem ser feitas no núcleo de dança do setor de Difusão Cultural da FCMS, no Memorial da Cultura. Informações no telefone(67) 3316-9171
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