quinta-feira, 15 de dezembro de 2022

Tornozeleiras eletrônicas são os novos acessórios dos conselheiros afastados

 


Quase todos os investigados pela Polícia Federal em esquema de lavagem de dinheiro, fraude e superfaturamento em licitações públicas no TCE-MS (Tribunal de Contas de Mato Grosso do Sul) já estão utilizando tornezeleira eletrônica. Segundo apurado pelo g1, não há confirmação do uso do equipamento de monitoramento pelo servidor Douglas Avedikian.


Três conselheiros do TCE-MS Iran Coelho das Neves, Waldir Neves Barbosa e Ronaldo Chadid já estão com as tornozeleiras eletrônicas. Thais Xavier Ferreira da Costa e Parajara Moraes Alves Júnior, também apontados no esquema de lavagem mais de R$ 100 milhões de dinheiro público, são monitorados pelo equipamento eletrônico.


Assim que a operação da PF foi deflagrada, a Justiça de Mato Grosso do Sul determinou que os suspeitos fossem monitorados pelas tornozeleiras eletrônicas.




Esquema derruba três conselheiros




Três conselheiros do TCE-MS, incluindo o presidente do órgão, Iran Coelho das Neves, estão envolvidos em esquema de lavagem de mais de R$ 100 milhões, segundo operação da PF (Polícia Federal) deflagrada no dia oito de dezembro. A investigação aponta que o dinheiro era “lavado” por meio de licitações fraudulentas, incluindo a compra de brigadeiros e fazendas no Maranhão.




Além de Iran Coelho das Neves, os conselheiros Waldir Neves Barbosa e Ronaldo Chadid foram citados como integrantes do esquema de lavagem de dinheiro, fraude e superfaturamento em licitações públicas. As defesas de Waldir e Iran confirmaram o processo e disseram que vão recorrer da decisão. O g1 não encontrou a defesa do conselheiro Ronaldo Chadid.




Segundo a investigação da Polícia Federal, o esquema de corrupção começou com a licitação de serviços da empresa Dataeasy, que tem sede no Distrito Federal. Para a PF, a empresa recebeu mais de R$ 100 milhões do TCE-MS em licitações fraudulentas desde 2018.




A PF aponta que a empresa de serviços digitais Dataeasy foi beneficiada em licitações públicas. A partir do material apreendido, as investigações mostraram que a empresa do DF lavava o dinheiro que recebia do TCE-MS e devolvia partes aos conselheiros e alguns servidores do órgão.




Não foram apenas os três conselheiros apontados como integrantes do esquema. Os servidores Douglas Avedikian, Thais Xavier Ferreira da Costa e Parajara Moraes Alves Júnior também foram citados como integrantes do esquema de corrupção, lavagem de dinheiro e peculato.




O advogado do Parajara informou que teve acesso a decisão e que a "defesa em breve irá se manifestar no processo em Brasília, esclarecendo equívocos da investigação". O g1 não encontrou as defesas dos outros servidores. Com informações do G1 MS.

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