Foto: Gerson Oliveira
O governo do Estado de Mato Grosso do Sul divulgou um balanço das ações e das verbas destinadas, em 2022, à melhoria e à requalificação nas instalações de vários imóveis e equipamentos culturais do patrimônio público sob a sua responsabilidade e gestão.
Foram investidos mais de R$ 23 milhões, segundo o comunicado, em projetos, reforma, manutenção e restauro na estrutura física das seguintes edificações: a Casa do Artesão, o Castelinho de Ponta Porã, a Concha Acústica Helena Meirelles, o Centro Cultural José Octávio Guizzo, o Arquivo Público Estadual, a Igreja de São Benedito, o Vagão Ferroviário e o Museu de Arte Contemporânea (Marco).
CASTELINHO
No sudoeste do Estado, o Projeto Arquitetônico do Castelinho de Ponta Porã foi concluído em 2020. A obra foi iniciada em fevereiro de 2022, com previsão orçamentária aprovada para dar conta somente do restauro do edifício, pois a construção dos anexos será iniciada em uma segunda etapa.
Os serviços executados ou ainda em andamento são: restauro e recuperação de todos os elementos arquitetônicos danificados, assim como fachadas, coberturas, alvenarias, banheiros, adequação da acessibilidade, reforço estrutural, instalações elétricas e hidrossanitárias novas. A entrega da obra está prevista para fevereiro de 2023, com investimento total de R$ 5,5 milhões.
CASA DO ARTESÃO
Obra emblemática da cidade de Campo Grande, o restauro da Casa do Artesão foi iniciado em novembro de 2021, com previsão para ser entregue em janeiro de 2023. O prédio foi restaurado por completo, desde instalações elétricas e hidrossanitárias a elementos arquitetônicos, banheiros, esquadrias, totalizando investimento no valor de R$ 2.571.043,98.
CONCHA
A Concha Acústica Helena Meirelles recebeu a substituição do piso dos palcos, pintura externa das paredes em alvenarias e teto, reparo e pintura das arquibancadas e bancos em concreto e pintura dos gradis externos. A obra teve duração de 120 dias, tendo sido investidos R$ 265.652,78.
OCTÁVIO GUIZZO
No Centro Cultural José Octávio Guizzo, os serviços a serem executados envolvem a revitalização das fachadas e a reforma dos ambientes internos existentes, incluindo: instalações elétricas e hidrossanitárias, pintura, pisos e revestimentos, climatização e adequação da acessibilidade.
Também há a previsão de ampliação da área dos camarins, substituição de toda cenografia, sonorização, acústica, elétrica e climatização do Teatro Aracy Balabanian, com investimentos de R$ 9.354.831,86.
ARQUIVO PÚBLICO
Quanto ao Arquivo Público Estadual, foi iniciado o estudo técnico preliminar e, consequentemente, um programa de necessidades a fim de instalá-lo no prédio ao lado da Casa do Artesão.
Ainda em fase preliminar de reconhecimento e anteprojeto, a reforma contemplará toda a parte de instalações elétricas e hidrossanitárias, pintura, pisos e revestimentos, climatização e adequação da acessibilidade. A previsão para o início das obras é o mês de agosto de 2023, com valores de R$ 2,5 milhões em investimentos.
IGREJA DE SÃO BENEDITO
Outra obra em andamento é o restauro da Igreja de São Benedito e a requalificação do seu entorno. Foi iniciada a atualização da planilha orçamentária, assim como adequação dos projetos arquitetônicos, elétricos e estruturais, a fim de lançar a licitação da obra.
Em fase preliminar de reconhecimento e elaboração de Estudo Técnico Preliminar e Termo de Referência, notou-se a necessidade de ajuste.
A restauração contemplará toda a parte de instalações elétricas e hidrossanitárias, pintura, pisos e revestimentos, climatização e adequação da acessibilidade. A obra deve ter início em maio de 2023, com recursos no valor de R$ 2.750.000.
VAGÃO
Para o Vagão Ferroviário, foi iniciada a tramitação documental a fim de incorporá-lo ao patrimônio da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul (FCMS), uma vez que o equipamento foi doado em 2008, a pedido do então governador André Puccinelli, para integrar a memória ferroviária do Estado.
Com objetivo de preservar o Vagão, exemplar único no Estado, a restauração completa e o projeto de educação patrimonial devem começar a sair do papel no mês de abril do próximo ano, com investimento de R$ 550 mil.
MARCO
O Museu de Arte Contemporânea (Marco) recebeu os serviços de manutenção, limpeza, substituição de material deteriorado e reparos na cobertura, além de reparo no forro de gesso e pintura interna das paredes danificadas. A execução da obra, do início à finalização, teve duração de 60 dias. O custo das intervenções no Marco foi R$ 82.790,04.
Para o gerente de Patrimônio Cultural da FCMS, Caciano Lima, o patrimônio cultural vem sendo percebido e tendo maiores esforços nos últimos tempos. “É um item que relaciona cultura e turismo, impulsionando a economia da cultura nessas interfaces. Além disso, também são registros importantes para a posteridade”, afirma.
“Portanto, a conservação, a preservação e a restauração do patrimônio cultural é um assunto muito constante na sociedade contemporânea e se mostra de grande importância para manter a memória coletiva e individual na formação social”, diz Lima.
“Ao restauro, tratado em questão, unem-se as outras áreas: museologia, arquivologia, biblioteconomia, literatura, gastronomia, as grandes áreas do patrimônio imaterial e o educativo. Esse último, não em um viés ‘professoral’, mas alinhado às ações de salvaguarda dos bens culturais”, argumenta o gerente da FCMS.
Nenhum comentário:
Postar um comentário