Em clima de arte e festa, o Sarau dos Amigos chega à trigésima edição, sendo realizado nas últimas quintas-feiras do mês, ininterruptamente, no bairro Universitário, região sul de Campo Grande.
Grandes nomes da Arte sul-matogrossense comemoram com a comunidade e os artistas, entre eles o Teatral Grupo de Risco com a peça “A princesa engasgada”. O projeto foi selecionado pelo Ministério da Cultura, através da FUNARTE com o Prêmio de Artes Cênicas na Rua/2009. O Núcleo Teatral Sarau dos Amigos, sob a direção e dramaturgia de Thathy D’Meo também marca sua presença tradicional com cenas cotidianas e bem humoradas.
Na varanda o público confere o grupo de música latino americana Masis Brasil, o forrozeiro Santana e a dupla de sertanejo raiz Tangará e Zé Viola. O quintal recebe exposições dos artistas plásticos Malu Ferreira, Jean Lima “Mão” e Joni Lima, além de exposições de artesanato, como as peças de Clayton Ambrósio e do ceramista Mauro Yanase.
Esta edição homenageia o músico Lúcio Val e o ex-morador do bairro Universitário, Oscar Furlan, ambos falecidos recentemente.
Serviço: O Sarau dos Amigos acontece há dois anos, toda última quinta-feira do mês na residência do ator e jornalista Eduardo Romero. Rua Elvira Matos de Oliveira, 927, Universitário (próximo a nova rodoviária). Informações pelos telefones (67) 9239-4014 ou 9936-3909. A entrada é um quilo de alimento não perecível.
“A Princesa Engasgada”
O espetáculo é uma remontagem do Teatral Grupo de Risco, que atua a 21 anos no MS. A peça faz parte do projeto “Caravana de Rua”, selecionado pelo Ministério da Cultura, através da FUNARTE com o Prêmio de Artes Cênicas na Rua/2009. É uma história irônica de uma princesa que se engasga com uma espinha de peixe e o rei determina que seja encontrado um médico para curar sua filha. É indicada para todos os públicos e tem como referência a Comédia Dell’Arte.
Os atores Yago Garcia e Emmanuel Mayer foram dirigidos por Lú Bigattão. Ao som do músico Elânio, eles se transformam em reis, princesas e camponeses, tudo aos olhos do público que participa ativamente de toda a história. O espetáculo resgata o clima da Idade Média, quando as companhias cênicas viajavam pelo interior dos países europeus apresentando suas peças em carroças. A produção é de Fernanda Kunzler, com cenário de Márcia Gomes, adereços de Emmanuel Mayer e Roma Román, preparação Corporal de Aline Duenha, arte gráfica de Breno Benetti e texto de Márcia Frederico.
Masis Brasil
O Masis Brasil, formado pelos músicos Miska, Edgar Mancilla e Junior, utiliza instrumentos andinos misturados na musicalidade continental. O trio campo-grandense acaba de lançar o primeiro disco, uma coletânea de músicas gravadas em estúdio e outras captadas ao vivo no teatro do Marco (Museu de Arte Contemporânea). Eles se apresentam em espaços onde a cultura é desenvolvida, como Praça Bolívia, entre outros encontros artísticos da Capital.
Tangará e Zé Viola
Na década de 70, em Campo Grande, Tangará e Zé Viola, junto com os amigos Antonio Cunha L. Leite (Tonheiro), Misael Hélio Lemos e Manoel Lacerda Lima, iniciaram o Grupo musical Dimensão, que tinha o propósito ecológico e também regionalista autêntico em suas composições que falassem dos costumes e belezas naturais de Mato Grosso do Sul. A partir daí começaram a participar de vários festivais, o que lhes proporcionaram maturidade musical, e a conquista do primeiro lugar do V FESTÃO, EM 1985, festival este promovido pela TV Morena com a musica "Ainda resta uma esperança" advindo daí a gravação do primeiro trabalho: um compacto duplo na época. A partir de 2001 Tangará e Zé Viola, gravaram o CD "Ainda resta uma esperança", com o objetivo de resgatar composições da época dos festivais. A dupla participou também do 5º Festival de Inverno de Bonito, em 2004.
Malu Ferreira
A artista plástica e administradora de empresas Maria de Lourdes Ferreira é natural de Campo Grande MS. Malu Ferreira, como é conhecida, pinta ha cinco anos. O motivo para começar foi o espanto com a beleza e o valor de um quadro com um por do sol. “Achei o quadro maravilho, me encantei, porém, me entristeci ao ver o preço e perceber que não poderia tê-lo. Então pensei que talvez pudesse pintar algo tão bonito como aquele pôr do sol. Foi onde perguntei pra vendedora o que eu precisava para pintar. Comprei o material e comecei como autodidata”, lembra a artista. Mais informações no blog http://inspiraes-maluferreira.blogspot.com/ .
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