quarta-feira, 12 de outubro de 2022

Pelo terceiro mês consecutivo Campo Grande registra deflação

 

G1


Campo Grande registrou em setembro uma deflação de – 0,22%. Foi o terceiro mês consecutivo em que a cidade contabilizou uma retração dos preços medidos pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado nesta terça-feira (11), pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).


Nos últimos 12 meses, entretanto, o IPCA acumula uma alta de 7,15% na capital de Mato Grosso do Sul. No país também foi registrada deflação. O índice foi de -0,29%.


Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados em Campo Grande, cinco tiveram alta de preços e quatro tiveram queda em setembro. Veja abaixo:


Alimentação e bebidas: - 0,05%

Habitação: - 0,25%

Artigos de residência: 0,35%

Vestuário: 0,94%

Transportes: -1,32%

Saúde e cuidados pessoais: 0,63%

Despesas pessoais: 0,97%

Educação: 0,03%

Comunicação: -2,42%


Apesar de recuar menos do que no mês anterior, o grupo dos Transportes (-1,32%) contribuiu novamente com o maior impacto negativo sobre o IPCA do mês.


Nos transportes, o resultado é consequência da redução no preço dos combustíveis (-8,50%). A gasolina (-6,23%) contribuiu com o impacto negativo mais intenso no índice de setembro. Os outros dois combustíveis pesquisados também apresentaram queda: etanol (-10,63%) e óleo diesel (-1,27%).


“Os combustíveis e, principalmente, a gasolina tem um peso muito grande dentro do IPCA. Em julho, o efeito foi maior por conta da fixação da alíquota máxima de ICMS, mas, além disso, temos observado reduções no preço médio do combustível vendido para as distribuidoras, o que tem contribuído para a continuidade da queda dos preços”, explica o gerente da pesquisa, Pedro Kislanov.


Alimentação e bebidas


Em Alimentação e bebidas o índice ficou em -0,05% na capital. Os itens que tiveram alta de preço foram a batata inglesa (19,01%), a banana-d’água (15,47%), a cebola (9,71%) e a laranja-pera (8,11%).




Por outro lado, os preços do leite longa vida caíram 8,32%. Apesar da queda, o produto ainda acumula alta de 39,03% nos últimos 12 meses. Destaca-se também a redução nos preços do óleo de soja (-4,29%) e carnes (-1,41%).




“O leite vinha subindo muito nos últimos 12 meses, especialmente em 2022, por conta do período de entressafra, a partir de março e abril, mas também devido à guerra da Ucrânia, que aumentou muito o preço dos insumos agrícolas. Agora, com o final do período de entressafra e a volta das chuvas, aumentou a oferta do produto no mercado, o que gerou uma queda nos preços.”, afirma Kislanov.

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