Foto; Divulgação
Com viagem marcada para o Canadá, tema será suprimento de potássio
Em evento na tarde deste domingo (06) no Campus de Campo Grande da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, a Ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Tereza Cristina, falou sobre agenda de viagens e possíveis parceiros para suprir o fornecimento de fertilizantes para o agronegócio brasileiro.
Dependentes de Rússia e Bielorrússia, o país busca opções para viabilizar a próxima safra de plantio de grãos no estado. Tereza Cristina fala que o Ministério não deixa medir esforços para garantir o suprimento de fertilizantes para o Brasil.
Segundo ela, a preocupação com o tema já vem desde meados de 2021, quando a pasta notava grande dependência dos insumos da Bielorrússia e Rússia. Os dois países atualmente sofrem sanções fortíssimas dos países ocidentais em decorrência da guerra na Ucrânia.
Como Mato Grosso do Sul é um estado extremamente dependente desses produtos, a preocupação aumenta caso o conflito no leste europeu dure por muito tempo. “Não somos importadores, mas podemos ser um facilitador para que as empresas privadas possam ir lá fora e buscar a matéria”, comentou a ministra sobre o papel do Mapa atualmente.
Tereza Cristina afirma que visita diversos países à procura de parceiros, que possam fazer negócios e assim não parem o agronegócio brasileiro na safra 2022/23.
Em fevereiro, ela se recuperou da Covid-19 e visitou o Irã atrás de alternativas para o tema. “Estivemos no Irã porque têm disponibilidade de volume, mas como sofrem sanções americanas, então estamos atrás de cobrir essa possível falta”.
Com viagem marcada para o Canadá, o país norte-americano passa a ser a próxima chance brasileira de fornecimento.
"Vou ao Canadá, em viagem que era para ser em janeiro, mas atrasou por causa da troca de governo e tivemos dificuldade”.
A ministra ainda citou outros possíveis parceiros. “Tem o Chile, Israel, Arábia Saudita, Marrocos, essas são nossas alternativas”, elenca.
Na última semana, um último navio cargueiro russo carregado com fertilizantes deixou o país com destino ao Brasil.
As sanções impostas pela Aliança do Tratado do Pacífico Norte (OTAN), União Europeia (UE) e pelos Estados Unidos passaram a vigorar somente após a partida dessa embarcação.
Sobre esse tema Tereza Cristina disse com tranquilidade que o assunto não é tão preocupante assim. “Temos um navio da Rússia para o Brasil por enquanto ainda não houve essa paralisação toda que estão falando. Estamos olhando todo o mercado”, finaliza.
O tema é muito precioso para o Brasil e para Mato Grosso do Sul, 80% dos fertilizantes usados na agricultura nacional são importados. Cerca de 28% deles são fornecidos pela Rússia.
O Potássio, a letra K da Sigla (NPK), tem 95% é importado e o principal exportador para o Brasil é a Bielorrússia, que passa agora por sanções pesadas por apoiar a invasão russa. Esse cenário faz a ida ao Canadá da ministra ainda mais importante, para tratar sobre outras fontes de importação de potássio.
Rodrigo Almeida-
Portal Correio do Estado
Nenhum comentário:
Postar um comentário