Depois de um dia inteiro de julgamento, Cléber de Souza Carvalho, o "Pedreiro Assassino", foi condenado a mais 15 anos de prisão pela morte de Claudionor Longo Xavier, de 47 anos, em abril de 2019. Com mais essa condenação, o serial killer soma pena de 63 anos de prisão pelos homicídios que cometeu.
Segundo o site Campo Grande News, pelo crime de homicídio qualificado a pena determinada foi de 14 anos, acrescido de mais um ano pela ocultação do cadáver. O cumprimento da sentença é em regime fechado.
Entenda
No caso do assassinato de Claudionor, o policial militar que atendeu a ocorrência contou que o criminoso e a vítima eram amigos, mas houve desentendimento pelo mesmo motivo dos outros crimes, briga por terreno invadido. "Já tinha relação de amizade e eles tomaram posse de uma terra da prefeitura. Cléber iniciou a obra nesse terreno, quando o Claudionor disse que o terreno ia ficar para ele, que Cléber já tinha outros", lembra.
O pedreiro não gostou e a partir daí, planejou a morte do amigo. "Depois dessa discussão, ele cavou a cova em um terreno", disse Flávio. O terreno fica no Bairro Sírio Líbanes.
Alguns dias depois, Cléber estava no terreno onde houve a discussão, nas imediações da Avenida Tamandaré, quando Claudionor teria voltado no assunto. "Então Cléber inventou uma história de que teria uma área no sentido de Rochedinho que dava para invadir e ficaria com Claudionor", revela. A vítima concordou em ver esse terreno e quando deu as costas, foi atingida pelo golpe de chibanca, um tipo de picareta, que Cléber também utilizou nos outros crimes.
O pedreiro então colocou a vítima no porta-malas de um veículo, a levou para o outro terreno, onde a cova já estava pronta, onde a enterrou. Neste local, na época da investigação, também foi encontrado o corpo de outra vítima, José Jesus de Souza, 45 anos.
Depois de matar Claudionor, o pedreiro anunciou a moto da vítima no Facebook e vendeu.
O pedreiro foi preso em 2020, após a polícia descobrir série de homicídios em Campo Grande. Ele é acusado de matar e enterrar suas vítimas. Na época, Cléber confessou os assassinatos, apontando onde teria enterrado as vítimas.
Foram feitas escavações, sob investigação da DEH (Delegacia Especializada em Repressão aos Crimes de Homicídio), sendo que sete vítimas foram encontradas. São elas: José Leonel Ferreira Santos, de 61 anos, Timótio Pontes Roman, de 62, José Jesus de Souza, 45 anos, Roberto Geraldo Clariano, 50, Hélio Taíra, 74, e Flávio Pereira Cece, de 34 anos.
Cléber sempre agia pensando em ficar com algo das vítimas, sejam imóveis ou veículos. Ele começou a ser julgado pelos crimes este ano e já acumula pena de 48 anos de prisão por três dos sete homicídios.
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