A alta dos preços de matérias-primas estão entre os principais efeitos negativos
FOLHAPRESS
O Fundo Monetário Internacional (FMI) destacou neste sábado, 5, que além das perdas humanas causadas pelo conflito no Leste Europeu, que a alta dos preços de matérias-primas estão entre os principais efeitos negativos da guerra na Ucrânia, o que tem causado uma pressão inflacionária adicional em diversos países.
"Os choques de preços terão impacto em todo o mundo, especialmente nas famílias pobres para as quais alimentos e combustíveis representam uma proporção maior das despesas", afirma o FMI em comunicado.
"Se o conflito aumentar, os danos econômicos seriam ainda mais devastadores".
Ainda segundo o FMI, os bancos centrais dos países precisam ficar atentos às pressões de preços que vem se agravando. O órgão pede que as autoridades monetárias "monitorem cuidadosamente" o repasse do aumento dos preços internacionais para a inflação doméstica para "calibrar as respostas apropriadas". "A política fiscal precisará apoiar as famílias mais vulneráveis, para ajudar a compensar o aumento do custo de vida", sugere o fundo.
A avaliação foi divulgada neste sábado após reunião do Conselho Executivo do órgão, para discutir sobre os impactos econômicos causados pela Guerra na Ucrânia.
O encontro foi presidido pela diretora-gerente da entidade, Kristalina Georgieva.
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No encontro, os representantes do fundo monetário também debateram as questões envolvendo as sanções impostas ao sistema bancário da Rússia, que foi excluído do sistema de pagamentos global, o Swift, após iniciar os ataques ao país vizinho.
"Embora seja muito cedo para prever o impacto total dessas sanções, já vimos uma queda acentuada nos preços dos ativos, bem como na taxa de câmbio do rublo", diz o órgão.
Além das medidas impostas ao governo Putin, o FMI ressaltou que os países que mantiverem "laços econômicos muito próximos" com Ucrânia e Rússia correm o risco de enfrentar problemas de interrupção no fornecimento de matérias primas.
De acordo com a entidade monetária, a Ucrânia já solicitou um financiamento emergencial de US$ 1,4 bilhão através do Instrumento de Financiamento Rápido do FMI. Conforme divulgado, o Conselho Executivo do órgão deve levar a solicitação ucraniana para discussão ainda na próxima semana.
No comunicado divulgado à imprensa, o FMI informou que seu corpo técnico continuará monitorando os efeitos colaterais da guerra ao redor do globo, e principalmente nos países apoiados diretamente pela entidade monetária e aqueles com vulnerabilidades ou exposições elevadas à crise.
"O Fundo aconselhará nossos países membros sobre como calibrar suas políticas macroeconômicas para gerenciar a variedade de repercussões, inclusive por meio de interrupções no comércio, preços de alimentos e outras commodities e mercados financeiros".
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