Fim da rotatividade preocupa comerciantes, mas fiscalização será sobre irregularidades
GLAUCEA VACCARI , NAIARA CAMARGO
Com o fim do contrato com a empresa Metropark, conhecida pelo nome fantasia de Flexpark, caberá a Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran) fiscalizar o estacionamento no centro de Campo Grande.
Nesta terça-feira (8), o prefeito Marquinhos Trad (PSD) disse que equipes irão fiscalizar apenas possíveis infrações de trânsito, e não a rotatividade.
“A partir do momento que a empresa deixou de ter interesse, a prefeitura municipal tem que ordenar para que os motoristas não passem por estresse e para que os locais também não fiquem de maneira desorganizada, com desordem e com baderna”, disse.
A partir do dia 22 de março o estacionamento rotativo da área central de Campo Grande ficará suspenso.
Segundo Marquinhos, comerciantes manifestaram preocupação com redução do movimento devido ao fato da falta desta rotatividade de estacionamento.
“A grande preocupação dos comerciantes é que deixou de ter a rotatividade e eles falam que seus próprios funcionários chegam as 7h, colocam o carro ali e só saem as 18h”, disse Marquinhos.
O prefeito disse que será feito um pedido, junto aos empresários, para que conversem com os funcionários acerca do “bom senso” para o uso das vagas.
O prefeito ressalta, no entanto, que manter o veículo estacionado o dia todo no mesmo local não é infração de trânsito e esse fato não será alvo de fiscalização.
“Se o carro estiver parado no local certo, preenchendo os requisitos do código de trânsito, você não pode fixar um prazo para ele ali, por isso a gente vai buscar o entendimento com sabedoria e sobretudo com bom senso”, afirmou Marquinhos.
Fim do contrato
O contrato com a empresa Flexpark, que faz a operação das vagas, não será mais renovado após 20 anos.
Conforme já noticiado pelo Correio do Estado em fevereiro, a prefeitura da capital abrirá uma nova licitação para a manutenção do serviço.
Marquinhos não deu prazo para a abertura do certame.
"Nós temos que levar ao jurídico, fazer os termos de referência, aguardar os prazos legais para depois iniciar os processos", disse.
De acordo com o diretor-presidente da Agência de Regulação dos Serviços Públicos de Campo Grande (Agereg), Odilon de Oliveira Júnior, a intenção é implantar uma licitação que traga a possibilidade de trabalhar com novas tecnologias na forma de cobrar pelo estacionamento da Capital.
Para Janine Bruno, diretor-presidente da Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran), a modalidade rotativa das vagas na área central dá oportunidade para que todos os motoristas possam usar o serviço e isso acaba por estimular a movimentação no comércio
“O estacionamento rotativo dá flexibilidade para que todos possam usar o serviço e assim estimula o comércio central, que a cada 2 horas, tem novos consumidores circulando pelos locais”, pontua.
Sobre não ter o contrato renovado após duas décadas de prestação de serviço, o sócio-proprietário da empresa, Hélio Porto, disse ao jornal que o atual contrato não prevê a renovação por mais 10 anos, mas existe a intenção de participar da nova licitação da prefeitura.
O prefeito ressaltou que as pessoas que têm créditos de estacionamento, irão mantê-los para serem usados assim que a licitação for finalizada e o serviço voltar a ser operado.
Com informação do Portal Correio do Estado
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