domingo, 23 de dezembro de 2012

Stevie Wonder retorna ao pais em encontro com Gil


Folha.com
João Gilberto, Chico Buarque, Caetano Veloso, Tom Zé e Bob Marley integram a lista de um repertório cativo ouvido por Gilberto Gil. Assim como eles, Stevie Wonder é outro daqueles que, quando lançam um disco, fazem Gil correr para ouvir no ato.
Hoje, depois de 17 anos do último encontro musical de Gil e Wonder no Brasil, eles voltam a se encontrar no palco do Centro Cultural João Nogueira, no Rio, com parte da renda destinada para a Sociedade Viva Cazuza.
Os dois também se apresentam na terça, em show gratuito na praia de Copacabana, com transmissão ao vivo pelo Multishow, às 20h.
Nos dois dias, o compositor baiano sobe ao palco primeiro, ao lado da filha Preta Gil, e, depois, cede espaço ao americano. Como Wonder chegaria ao país em cima da hora, os dois não tiveram tempo de preparar muitos números juntos.
Luzia Ferreira/Folhapress
Steve Wonder e Gilberto Gil durante apresentação em São Paulo, em 1995
Steve Wonder e Gilberto Gil durante apresentação em São Paulo, em 1995
"Não há condições de fazer isso [um show juntos]. Ele ficou de me mandar a inédita que me mostrou no Rio, no ano passado, mas não mandou. Ficou de me mandar para eu fazer uma letra em português. O importante é que ele venha. Vai agradar muito ao público carioca", disse Gil.
O impacto sonoro causado pelo artista americano sobre o brasileiro se deu no ano de 1976, quando Stevie Wonder lançou o disco "Songs in the Key of Life", pela mítica gravadora Motown.
"Aquele disco é um dos mais importantes da história. É um álbum antológico, com músicas extraordinárias, como "Sir Duke", o Stevie no auge", lembra o cantor.
"Ele surgiu muito jovem, negro, com um poder extraordinário de resgate da história da música negra americana."
A aproximação dos dois ocorreu nos anos 1980, com "Só Chamei Porque Te Amo", versão de Gil para o clássico "I Just Called to Say I Love You", de Stevie.
Depois, eles passaram a se falar e a se esbarrar esporadicamente, mesmo que os encontros não fossem estritamente musicais.
Em 2006, quando Gil exercia o cargo de Ministro da Cultura, convidou Wonder para participar de um fórum sobre cultura afro-brasileira.
"Ele veio para fazer uma palestra, sem música, sem nada, ficou três dias com a gente em Salvador, é uma delícia de pessoa, construímos uma relação de amizade", diz o músico baiano.
GILBERTO GIL E STEVIE WONDER
QUANDO hoje e terça, às 20h
ONDE Centro Cultural João Nogueira (r. Dias da Cruz, 170; tel.
0/xx/21/2596-1090, hoje) e praia de Copacabana (ter.)
QUANTO de R$ 400 a R$ 800 (hoje, 23) e grátis (ter.)
CLASSIFICAÇÃO 16 anos (hoje, 23) e livre (ter.)

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