terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Cine Sesi encerra etapa com público de 46 mil pessoas

Com a proposta de levar cinema de graça para os moradores das cidades do interior onde não há salas de exibição de filmes, o Projeto Cine Sesi Cultural encerrou a segunda etapa do projeto com público de 46 mil pessoas das cidades de Sidrolândia, Maracaju, Aquidauana, Nioaque, Porto Murtinho, Aral Moreira, Coronel Sapucaia, Sete Quedas, Batayporã, Água Clara, Inocência, Pedro Gomes, Sonora, Bandeirantes, Rochedo e Deodápolis.

A última cidade a receber a iniciativa foi Deodápolis, atraindo 2.600 pessoas no município nos três dias de projeções – sexta-feira (06/01), sábado (07/01) e domingo (08/01). No período foram exibidos os curtas e longas-metragens “Até o Sol Raiar”, “Se Eu Fosse Você 2”; “Vida Maria”, “A Era do Gelo 3”, “Câmara Viajante” e “Pequenas Histórias”, respectivamente, na tela gigante montada na praça central da cidade.



Segundo o produtor do Cine Sesi no Estado, Gabriel Sá, o melhor dia de público foi no domingo, quando 1.000 pessoas prestigiaram os filmes exibidos. “Tivemos uma ótima receptividade no município, a população também se mostrou muito satisfeita com a proposta”, avaliou. Em Mato Grosso do Sul, o projeto já foi visto, na primeira etapa realizada em 2010, por 52,2 mil pessoas em 14 cidades, enquanto no País já são quase 3 milhões de pessoas de 559 cidades espalhadas por 8 Estados.



Segundo o presidente da Fiems, Sérgio Longen, o Cine Sesi Cultural possui um forte apelo cultural, integrando toda a população do Estado. “É a oportunidade de acesso ao cinema, aguçando todos os sentidos e principalmente a imaginação dessas pessoas, despertando também a criatividade de crianças e adultos”, destacou. Ele informa que ainda este ano o projeto irá beneficiar mais um grupo de pelo menos 15 cidades.



Público



Para Dafny Rosa Ferreira, 12 anos, o cinema de graça desperta o interesse dos jovens para conhecer um pouco da magia do cinema, “Às vezes, não é só por falta de dinheiro que não vamos ao cinema, mas também por desconhecer a importância de assistir um bom filme. Todo mundo deveria experimentar pelo uma vez na vida essa sensação, de ver pela primeira vez um filme ar ao livre por meio de uma telona”, disse.



Gustavo Luiz de Matos, 11 anos, também nunca foi ao cinema e assiste pela primeira vez o Cine Sesi. “Ouvi o carro de som fazer a propaganda e na mesma hora pedi para minha mãe para poder vir acompanhado do meu irmão e dos meus primos. Sempre tive interesse, mas meus pais nunca puderam me levar ao cinema nas vezes que fui a Capital”, disse.



Ao contrário dele, Ana Caroline Barbosa, 9 anos, nunca sentiu interesse por cinema, pois não tinha o incentivo dos pais. “Meus pais sempre nos disseram que nunca poderiam nos levar ao cinema e isso fez com que eu crescesse achando impossível assistir um filme de verdade. Hoje eu vejo que é possível sim e pude sentir o quanto é bom sentar, comer pipoca, assistir um filme e poder dar boas gargalhadas”, garantiu.

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