Vistoria da Sesau constatou pacientes em locais considerados inadequados
Jornal Midiamax
O MPMS (Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul) instaurou inquérito civil para apurar as causas da superlotação do Pronto Atendimento Médico Adulto e Pediátrico do Hospital Regional Rosa Pedrossian, em Campo Grande. O edital foi publicado na edição desta terça-feira (9) do Diário Oficial do órgão.
Em março, a direção da unidade enviou ofício à 32ª Promotoria de Justiça da Saúde Pública alertando que o Pronto Atendimento Médico estava atendendo acima da capacidade, levando a uma provável suspensão de admissão de novos pacientes. A partir disso, o MP abriu notícia de fato para acompanhar o caso.
O hospital não chegou a suspender a entrada de novos pacientes. Mas a situação persistiu tanto que a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) constatou, em julho, que a superlotação chegou ao ponto de haver pacientes em áreas de passagem, o que foi considerado inadequado.
A Promotoria deu 20 dias para a Sesau e a SES (Secretaria de Estado de Saúde) informarem quais providências podem ser adotadas para que não haja desassistência a pacientes.
O HRMS terá o mesmo prazo para explicar como chegou à superlotação, como admite pacientes e se chegou a colocar em prática um plano de ação.
Caos no Hospital Regional
A superlotação afeta tanto pacientes não-Covid como aqueles diagnosticados com o novo coronavírus. Em fevereiro, o Jornal Midiamax mostrou que um idoso de 82 anos aguardava por um leito há dois dias.
De acordo com a neta do paciente, o avô foi internado no hospital após testar positivo para Covid-19. Houve uma piora no quadro clínico, sendo necessária a intubação e encaminhamento para a UTI (Unidade de Terapia Intensiva). Porém, ele permaneceu na ala verde.
Em nota, o Hospital Regional informou que não repassa determinadas informações para preservar o sigilo médico/paciente.
Já em março, uma bebê, de cerca de dois meses, estava sendo transferida da UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Leblon para o HRMS, mas não foi admitida por falta de vaga.
A Sesau informou na ocasião que “a paciente foi regulada para o hospital, tendo o local aceitado absorver e realizar os atendimentos necessários à paciente, apesar da recusa da médica. Neste momento a criança está sob acompanhamento da equipe do hospital”.
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