sábado, 12 de março de 2022

Tereza Cristina levará discussão sobre fertilizantes para ONU

 

                                            (crédito: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

A ministra da Agricultura disse ainda que a discussão sobre a oferta de fertilizantes será feita em conjunto com outros países das Américas


A preocupação com a oferta de fertilizantes será tema de conversa entre a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, e o presidente da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), José Graziano. A informação foi confirmada pela ministra nesta sexta-feira (11).



“Nós estamos trabalhando e vamos ter uma reunião no dia 16 com o presidente da FAO, e com todos os países hemisféricos para ver se nós conseguimos colocar [junto à] segurança alimentar, que o mundo tanto quer e precisa, colocar os fertilizantes nessa linha, porque você não faz comida se você não tiver fertilizante”, colocou.


A ministra disse ainda que a discussão será em conjunto com outros países das Américas. Havendo concessão, a discussão será levada também ao Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), único órgão capaz de impor medidas para todos os membros da ONU.


A declaração foi dada após o lançamento do Plano Nacional de Fertilizantes, que ocorreu também nesta sexta no Palácio do Planalto. O lançamento contou com a presença de outros ministros e do presidente Jair Bolsonaro.


Fertilizantes garantidos para próxima safra

Durante a fala, Tereza ainda quis tranquilizar os produtores sobre a falta de produtos para nutrir as plantas na safra 22/23. “O Brasil tem sim um estoque de passagem. Uns dizem que é três meses, mas nós temos hoje a safra de inverno plantada, ela já aconteceu, não precisa mais dos fertilizantes, mas nós temos a safra de verão que ainda precisamos sim acompanhar de perto. […] essa safra pode ter tranquilidade que nós vamos plantar sim uma grande safra”.


A chefe da Agricultura explicou que a viagem marcada para este sábado, 12, ao Canadá e a viagem feita ao Irã, em fevereiro, tem o objetivo de assegurar um maior abastecimento. “Nós temos que garantir, se precisar, um volume maior de fertilizantes, de KCL [Cloreto de Potássio] do Canadá e de nitrogenados de alguns outros países”, afirmou a ministra.


POR DAUMILDO JUNIOR, DE BRASÍLIA (DF)

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