quarta-feira, 23 de março de 2022

Por reajuste, professores da UFMS indicam greve a partir de hoje

 

                                           Foto; Midiamax


A Associação dos Docentes da UFMS (Adufms) aderiu, a partir desta quarta-feira (23), ao indicativo de greve nacional deflagrado pelo Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe), que havia previsto indicar a paralisação caso não houvesse negociação salarial por parte do governo federal até esta data.


A adesão da Adufms já havia sido decidida durante a última Assembleia Geral do sindicato, ocorrida no dia 22 de fevereiro.


O movimento pela paralisação pede o reajuste salarial de 19,99%. O índice, que diz respeito às perdas salariais ocorridas de janeiro de 2019 a dezembro de 2021 (dados do IPCA/IBGE), compõe um conjunto de reivindicações unificadas das entidades que compõem o Fonasefe, junto à luta contra a PEC 32/2020, que propõe a Reforma Administrativa. O serviço público federal não recebe reajuste salarial desde 2017.


O indicativo de greve é o último recurso para negociação salarial e serve para comunicar a comunidade que, a partir deste momento, pode haver uma paralisação geral. Os professores que fazem a adesão não paralisam suas atividades instantaneamente, mas passam a ter uma data mínima para que a greve se inicie.


O calendário de lutas do Fonasefe contou com mobilização nacional no dia 16, com ato unificado na Esplanada dos Ministérios em Brasília. A partir daí, iniciou-se uma vigília para pressionar pela negociação, com previsão de paralisação por tempo indeterminado caso ela não ocorra. Até o momento, não houve disposição por parte da gestão de Jair Bolsonaro e de seu ministro Paulo Guedes em negociar.



As tentativas de diálogo com o governo pelo reajuste de 19,99% têm ocorrido desde o dia 18 de janeiro, quando foi protocolado um documento com uma série de reivindicações do Fonasefe ao Ministério da Economia. No dia 8 de fevereiro, o Fórum protocolou mais um ofício, desta vez em conjunto com o Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado (Fonacate). Ambos não tiveram resposta.


Embora alegue falta de recursos, o governo aprovou 16,2 bilhões de reais no orçamento anual para as emendas de relator, ou seja, para a liberação de verbas para parlamentares – também conhecidas como “orçamento secreto”, por não exigirem identificação de quem solicitou a verba, e que na prática servem como troca de favores ou benefício para aliados.

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