A ministra Tereza Cristina em Brasília tem um mostrador com contagem regressiva de quantos dias faltam para ela deixar o cargo na Esplanada dos Ministérios. Quem conta é a jornalista Fábiola Cidral na estréia do videocast Radar do UOL que irá ao ar todas as sextas-feiras, com participação de colunistas especializados em política. Sobre a ministra, os jornalistas enfatizaram a desempenho da política sul-mato-grossense que se apresenta como opção à vice de Bolsonaro nas próximas eleições.
Ao mesmo tempo em que esgota todas as possibilidades de negociação para manter garantido o fornecimento de fertilizantes, diante do quadro da guerra entre Rússia e Ucrânia, a ministra encontra brecha na sua agenda para articular movimentos em favor de Jair Bolsonaro. Ela participou de encontro extra agenda do presidente, com alguns representantes do setor agropecuário interessados em participar da campanha de Bolsonaro à reeleição e que supostamente trataram de temas ligados a doação de campanha.
À noite (8), a ministra recebeu homenagens de empresários do setor produtivo, na sede da bancada ruralista em Brasília, em jantar que contou com a presença do presidente Jair Bolsonaro, o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, o ministro dos Transportes, Tarcisio Freitas e ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, alem de parlamentares ligados ao agronegócio. De acordo com relatos de jornalistas que estavam no local, o presidente Jair Bolsonaro ficou por duas horas no local e após sua saída, a ministra ensaiou uns passos ao som da musica “Rindo à toa”, do grupo Fala Mansa. A homenagem serviu como espécie de despedida da ministra que entrega o cargo até 1º de abril.
Embora já tenha declarado de sua vontade de disputar o Senado pelo PP em Mato Grosso do Sul, a ministra continua sendo a grande aposta do ministro chefe da Casa Civil, senador Ciro Nogueira, presidente do partido. O presidente Jair Bolsonaro ainda não decidiu quem será seu vice, mas emite sinais na direção do ministro da Defesa, general Braga Neto. Para Ciro Nogueira, a presença de Tereza Cristina pode atenuar o desgaste que o presidente acumula junto ao eleitorado feminino.
Fonte: Estadão
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