terça-feira, 1 de março de 2022

Macron aumenta dianteira em pesquisa eleitoral com sua atuação na crise entre Rússia e Ucrânia

 

                                             Foto Divulgação

Reuters


O apoio ao presidente Emmanuel Macron atingiu seu nível mais alto até agora nas intenções de voto para o primeiro turno da eleição presidencial da França, impulsionado por seu papel na crise da Ucrânia, de acordo com uma pesquisa publicada nesta segunda-feira.


Macron ganhou dois pontos na pesquisa do IFOP para a revista Paris Match, subindo para 28%, o nível mais alto desde o início da pesquisa. Essa alteração acontece menos de dois meses antes do primeiro turno da eleição em 10 de abril.


Em segundo lugar, a rival de extrema-direita Marine Le Pen perdeu 0,5 pontos percentuais, para 16%, enquanto o terceiro colocado Eric Zemmour caiu 1,5 pontos, para 14%. A conservadora de centro-direita Valerie Pecresse caiu 1 ponto, para 13%.


Macron liderou os esforços europeus para evitar a guerra na Ucrânia, voando para Moscou no início deste mês para se encontrar com Putin e passando horas ao telefone com ele e outros líderes mundiais nas últimas semanas para mediar.


A invasão russa da Ucrânia colocou seus rivais de extrema-direita em segundo plano, forçando os geralmente russófilos Le Pen e Zemmour a justificar seu apoio passado a Putin. Os dois tiveram que criticar a ação do Kremlin desde o início da invasão.


Macron, que ainda não tomou sua decisão de concorrer à reeleição oficial, mas é amplamente esperado que o faça, aparece na pesquisa como vencedor do segundo turno de 24 de abril contra todos os candidatos, e venceria Le Pen por 56,5% a 43,5%, segundo a pesquisa, que foi feita com 1.500 entrevistados.


Outra pesquisa no fim de semana mostrou que os eleitores aprovaram o papel de Macron na crise da Ucrânia. Cerca de 58% dos franceses acham que ele se saiu bem, de acordo com a Harris Interractive, enquanto apenas 28% deles aprovaram Le Pen e 21%, Zemmour.


Quase dois terços dos entrevistados disseram que a crise na Ucrânia influenciará a maneira como eles votarão nas eleições.


(Reportagem de Michel Rose, edição de Angus MacSwan)

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