sexta-feira, 18 de março de 2022

IBGE: safra de soja vai cair quase 9%

 


Efeitos adversos causados pela estiagem têm afetado drasticamente o desempenho
Por:  -Eliza Maliszewski


A nova estimativa de produção da soja totalizou 123,0 milhões de toneladas, uma queda de 6,7% frente a janeiro e de 8,8% na comparação com o último ano. Mesmo com elevados investimentos na produção da leguminosa, os efeitos adversos causados pela estiagem têm afetado drasticamente o desempenho das lavouras de verão nos estados do centro-sul do país. Os dados foram divulgados pelo IBGE.



Com isso, ainda que se confirme um acréscimo de 3,7% nas áreas plantadas, que deverá totalizar 40,4 milhões de hectares, a estimativa de queda no rendimento médio da soja, em 2022, é de 12,0%, atingindo o patamar de 3.045 kg/ha, derrubando a produção nacional da leguminosa.


O Mato Grosso, maior produtor nacional, e que deve responder por mais de 30,0% da produção nacional, estimou um total de 37,5 milhões de toneladas, acréscimo de 5,1% no ano. Com a quebra de safra prevista nos estados do Sul, Goiás deve responder pelo segundo maior volume de soja produzido no país este ano. Mesmo com expectativa de queda de 0,8% no rendimento médio, a produção deve crescer 3,1%, alcançando 13,5 milhões de toneladas, em virtude da ampliação das áreas de cultivo, que devem crescer 3,9% no ano.


O Rio Grande do Sul, que neste mês reajustou para baixo a produção em 37,8%, confirmando a quebra na safra, estimou para 2022 uma produção 13,1 milhões de toneladas, queda de 35,8% frente a safra anterior. No Paraná, mais uma vez houve um reajuste mensal significativo na estimativa de produção estadual, com queda de 10,6%, e que reforça uma quebra de safra neste ano, que deve ser 40,7% menor que a produção anterior, também por conta dos efeitos da estiagem, aliada ao calor intenso. Com uma produção esperada de 11,8 milhões de toneladas, a retração de 41,4% no rendimento médio é a principal responsável pela queda na produção estadual.


No Mato Grosso do Sul é esperada uma ampliação de 6,4% na área colhida, elevando para 12,7 milhões de toneladas a estimativa de produção, enquanto em Minas Gerais, a estimativa é de uma produção de 7,2 milhões de toneladas, crescimento de 2,6% no ano.

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