terça-feira, 8 de março de 2022

EUA e aliados na ONU não convencem China a aprovar texto 'básico' contra Coreia do Norte

 


 

Os Estados Unidos e seus aliados europeus no Conselho de Segurança da ONU não conseguiram nesta segunda-feira(7) que a China e a Rússia adotassem um texto "básico" contra a Coreia do Norte, que teria realizado um novo teste de mísseis, segundo diplomatas. 


"Adoraríamos ter a China e a Rússia conosco" neste texto, disse à AFP a embaixadora dos EUA na ONU, Linda Thomas-Greenfield, após uma reunião a portas fechadas do Conselho de Segurança sobre a Coreia do Norte. 


Junto a dez embaixadores, vários dos quais não representam nenhum país membro do Conselho de Segurança, como a Austrália e Japão, a diplomata americana leu um texto conjunto no qual reafirmou a unidade do grupo na "condenação ao lançamento de um míssil balístico(...) em 5 de março pela Coreia do Norte". 


"Como os outros 10 lançamentos de mísseis balísticos desde o início do ano, este ato da Coreia do Norte violou várias resoluções do Conselho de Segurança", acrescentou Linda Thomas-Greenfield. 


"À medida que a Coreia do Norte intensifica suas ações desestabilizadoras, o Conselho de Segurança permanece em silêncio. Cada lançamento de míssil balístico que resulta na inação do Conselho mina a credibilidade do próprio Conselho de Segurança da ONU em relação à Coreia do Norte e mina o regime global de não proliferação" de armas, disse ela, sem mencionar a China e a Rússia.


Segundo diplomatas, esses dois países foram os únicos que se opuseram a um texto "básico" durante a reunião para expressar a unidade do Conselho em relação às experiências de Pyongyang. 


O texto afirma que o "Conselho se reuniu", que houve "violações" de suas resoluções e que "foi chamado ao diálogo" para discutir o assunto, disse um diplomata à AFP sob condição de anonimato. 


A última expressão de unidade do Conselho de Segurança em relação à Coreia do Norte foi em 2017 com a adoção unânime de várias séries de sanções para interromper seus programas nucleares e balísticos. Desde então, está foi “a 17ª vez” que a China se opôs à adoção de um texto proposto pelos Estados Unidos e pelos europeus, acrescentou a mesma fonte.

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