O presidente da Cassems, médico Ricardo Ayache dificilmente deixara a gestão do maior plano de Saúde do estado para entrar na disputa politica de 2022. Ele deixou bem evidente sua posição durante entrevista ao jornalista B. de Paula na rádio Difusora, na manhã desta sexta-feira. Ele explicou que precisa restabelecer o equilíbrio, após um cenário atípico imposto pela pandemia da Covid 19.
Ele cita os índices de recuperação de pacientes graves internados (89%), semelhantes ao Hospital Einstein, Sírio Libanês e a aos melhores hospitais do mundo. “São números incríveis, mas que demandam investimento de muito dinheiro”. Ayache revelou que ao longo dos dois anos foram investidos R$ 190 milhões para tratar a Covid 19 em dez hospitais. No ano passado, foram investidos R$ 125 milhões de reais. “Não tivemos aumento receita, não tivemos ajuda financeira de governo A ou B. Enfrentamos tudo com muito trabalho e com um bom fundo de reservas” acentuou.
Ele revelou que parte importante do fundo de reserva da Cassems foi investido no combate à pandemia, o que impactou um déficit de R$ 40 milhões, pela primeira vez na história. “Foi um dinheiro maravilhosamente investido. Faria tudo de novo porque salvamos muita gente. Estamos trabalhando na recuperação do caixa e já começamos a fechar fevereiro no positivo” garantiu.
“É um trabalho de médio prazo, igual corrida de revezamento, onde um passa o bastão para o outro. Eu tenho dificuldades em deixar o bastão no chão” comparou. Sobre os convites recebidos para integrar chapa, como vice do prefeito Marquinhos Trad, Ayache disse que se sentiu honrado com o convite, mas salientou que como presidente regional do PSB,tem dialogado com todos que o procuram.
O presidente da Cassems disse que tem conversando com conselheiros, servidores e usuários em uma pesquisa informal sobre eventual saída para disputa eleitoral. Ele sinalizou que a tendência até agora indica pela continuidade sequencia ao trabalho executado e que está em andamento. Ayache destacou que é e da sua natureza ser cauueloso e ter responsabilidade com o que lhe foi confiado. “tenho responsabilidade de passar o bastão redondinho”.
Bem a vontade na entrevista com B de Paula, lembrou experiência positiva em 2014 quando disputou o Senado e perdeu para Simone Tebet. “O contato com o povo foi muito rico, você poder conversar trocar ideias, é muito forte e eu gosto disso”, admitiu. No entanto, no decorrer da gestão da Cassems, os projetos vão se avolumando e a responsabilidade também. Está cada vez mais difícil de abdicar de trabalho tão importante, tão bem recebido pelos servidores públicos para entrar na disputa politica partidária, embora eu goste muito “acentuou.
Referência nacional
A Caixa de Assistência dos Servidores do Estado de Mato Grosso do Sul (Cassems) com 31 anos de existência, tornou se referência no enfrentamento da Covid-19. A rede hospitalar, com seus 500 leitos, e a rede de centros médicos e de diagnóstico avançado foram fundamentais para salvar milhares de vidas em Mato Grosso do Sul.
Medidas de biossegurança, medicina baseada em evidências, agilidade no atendimento e aperfeiçoamento permanente da equipe foram fundamentais para que o Hospital Cassems de Campo Grande fosse o primeiro do estado a receber o selo “Covid Free Excelente”, do Instituto Brasileiro para Excelência em Saúde (IBES), por boas práticas de prevenção e enfrentamento da pandemia de covid-19.
Durante o período da pandemia, a Cassems contratou mais de 300 profissionais de saúde foram contratados, e novas linhas de cuidado e serviços foram implantados: telemedicina, robôs, acolhimento psicossocial aos pacientes e familiares, e, ainda, acolhimento psicológico dos colaboradores. O reconhecimento pelo bom trabalho desenvolvido pela Cassems é nacional. O plano de saúde alcançou a pontuação de 0,8258 no Índice de Desempenho da Saúde Suplementar (IDSS) de 2021, com ano-base de 2020, da Agência Nacional de Saúde (ANS).
Roberto Chamorro
Fonte – Cassems/ Radio Difusora. Programa B. de Paula – Foto divulgação
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