sábado, 12 de setembro de 2009

Mostra do MIS apresenta olhares de Mestres do Cinema Francês

De 14 a 18 de setembro a Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul, por meio do Museu da Imagem e do Som (MIS), realiza a terceira etapa de exibições da mostra “Mestres do Cinema Francês”, com curadoria do crítico de cinema Rodrigo de Oliveira (RJ).

Todas as obras foram selecionadas no acervo da Cinemateca da Embaixada da França no Rio de Janeiro e apresentam olhares cinematográficos sobre a cultura que forma o mosaico das comunidades francesas.

A mostra faz parte da programação do MIS para o Ano da França no Brasil e tem parceria com a Aliança Francesa de Campo Grande e a Cinemateca da Embaixada da França, sediada no Rio de Janeiro.

Na programação estão previstas duas sessões diárias às 14h e às 16h. Confira abaixo:

Segunda-Feira – 14/09

14:00 – Heremakono – Esperando a Felicidade, de Abderrahmane Sissako

16:00 – A Esquiva, de Abdelattif Kechiche

Terça-Feira – 15/09

14:00 – Finyé, de Souleymane Cissé

16:00 - Wesh Wesh, O Que Foi?, de Rabah Ameur-Zaimèche

Quarta-Feira – 16/09

14:00 – A Traição, de Philippe Faucon

16:00 – S21 – A Máquina de Morte Khmér Vermelho, de Rithy Panh

Quinta-Feira – 17/09

14:00 – Wesh Wesh, O Que Foi?, de de Rabah Ameur-Zaimèche

16:00 – A Traição, de Philippe Faucon

Sexta-Feira – 18/09

14:00 – A Esquiva, de Abdelattif Kechiche

16:00 – Heremakono – Esperando a Felicidade, de Abderrahmane Sissako

Sinopses:

A Esquiva - L'Esquive (França, 2004).

Com Osman Elkharraz, Sabrina Quazani, Sara Forestier. Comédia dramática em Cores. Duração 117 minutos.

Em um conjunto habitacional no subúrbio parisiense, um anjo passa declamando apaixonadamente versos da peça "Le jeu de l'amour et du hasard". É Lydia, embalada por Marivaux e às voltas com os ensaios do espetáculo a ser montado por sua turma de sala de aula para as festividades da escola. Já Abdelkrim, apelidado de "Krimo", no auge de seus 15 anos, é arriado pela sua colega de sala. Ele que se arrasta levando seu tédio pelas quebradas suburbanas em companhia de sua galera, descobre repentinamente o amor. Mas Krimo não é do gênero expansivo além de ter que manter a fachada. Então como se declarar à garota sem perder a pose? Uma solução se impõe: corromper seu amigo Rachid, parceiro de cena com Lydia, para obter o papel de Arlequim.

O que Krimo não ousa dizer, Marivaux o fará em seu lugar. Mas a astuciosa manobra torna-se verdadeira odisséia para Krimo, apavorado com a amplitude do texto e as exigências implacáveis de sua professora de francês. Kim encontrará as palavras a serem ditas antes que o boato, as ciumeiras e as inimizades não se metam em seu caminho?

* Filme ganhador de 5 César, incluindo o de Melhor Filme e Melhor Diretor

Finyé - (França, 1982).
Com Balla Moussa, Ismaila Sar, Oumou Diarra. PB. Duração 105 minutos.

Dois adolescentes malinenses, Bah e Batrou, oriundos de classes sociais diferentes, se encontram no liceu. Bah é o descendente de um grande chefe tradicional. O pai de Batrou, governador militar, representa o novo poder. Ambos adolescentes pertencem à uma geração que recusa a ordem estabelecida e põe em questão a sociedade.

*Ganhador do Etalon de Yennenga, Fespaço 1983

Wesh Wesh, O Que Foi? Wesh Wesh, qu´est-ce qui se passe ? (França, 2002).

Com Ahmed Hammoudi, Brahin Ameur Zaimèche, Rabah Ameur Zaimèche. Drama em Cores. Duração 83 minutos. Classificação etária 14 anos.

Após ter cumprido uma dupla sentença na prisão, Kamel volta para seu bairro, Cité des Bosquets, e com a ajuda de sua família tenta se reinserir na sociedade e no trabalho. O filme mostra a revolta dos jovens com a decomposição da comunidade do bairro, vista através dos olhos do jovem Kamel, que se sente impotente diante de tal situação.

* Filme ganhador do "Prêmio Louis Delluc" e premiado em Berlim em 2002

A Traição. La Trahison (França, 2005).

Com Vincent Martinez. Drama em Cores. Duração 80 minutos. Classificação etária 14 anos.

Durante a guerra da Argélia, o tenente Roque comanda uma tropa estacionada numa pequena aldeia, ao mesmo tempo em que a convivência com o jovem soldado Taïeb, confuso entre suas raízes norte-africanas e sua missão militar, sublinha as contradições e o absurdo da “guerra sem nome”.

S21 – A Máquina de morte Khmér Vermelho. La Machine de Mort Khmère Rouge (França, 2003).

Cores. Duração 101’. História.

Sob Pol Pot e o regime Khmer Vermelho, entre 1974 e 1979, perto de 20.000 pessoas são aprisionados, interrogadas, torturadas e posteriormente executadas no centro de detenção S21, no coração de Phnom Penh. Sete sobreviveram, três estão ainda vivos.

Rithy Panh tenta neste filme compreender como a parte comunista do Kampuchea democrático organizou e colocou em prática sua política de eliminação sistemática. Durante aproximadamente 3 anos, Rithy Panh desenvolveu uma longa pesquisa junto aos raros sobreviventes, mas junto também com seus antigos carrascos. Ele convenceu uns e outros de confrontarem juntos seus testemunhos no mesmo lugar do antigo S21, convertido em museu do genocídio. Confrontando carrascos e vítimas, Rithy Panh lidera uma reflexão emocionante sobre a mecânica totalitária.

*Vários prêmios na Europa, com destaque para o Festival Internacional dos Direitos do Homem, Praga 2004, URTI, Montecarlo 2003, Nuremberg 2003.

Heremakono - Esperando a Felicidade. Heremakono – En attendant le Bonheur (França/França/Mauritânia, 2002).

Com Fatimatou Mint Ahmedou, Khatra Ould Abdel Kader, Makanfing Dabo, Mohamed Ould Abeid Maata, Mohamed Ould Mohamed Mahmoud, Nana Diakité, Nèma Mint Choueikh. Cores. Duração 95 minutos.

Abdallah, um menino, encontra sua mãe em Nouadhibou, cidadezinha da costa da Mauritânia, enquanto esperam para viajar para a Europa. Nesse lugar de exílio, cuja língua não entende, tenta decifrar o mundo que o rodeia: Nana, mulher sensual que tenta seduzi-lo, Makan, que quer partir como ele, Maata, ex-pescador transformado em eletricista e seu aprendiz, o jovem e alegre Khatra, que o ajudará a sair de seu isolamento ensinando-lhe o dialeto local. Os destinos cruzam-se e descruzam-se, enquanto os olhares fixos no horizonte esperam uma felicidade hipotética.

*Seleção oficial: Un Certain Regard, Cannes 2002. Prêmio da Crítica Internacional, Cannes 2002. Étalon de Yennenga Fespaco 2003.





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