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Um estudo realizado pela Nature and Biodiversity Conservation Union (NABU) da Alemanha em conjunto com duas ONGs, uma da Alemanha e uma de Luxemburgo, indica que a radiação dos telefones celulares podem afetar diretamente as abelhas. De acordo com Décio Luiz Gazzoni, Engenheiro Agrônomo, pesquisador da Embrapa Soja e membro do Conselho Agro Sustentável, a conclusão é uma metanálise de 190 estudos científicos recentes.
“Desses, 83 foram considerados cientificamente relevantes e, entre eles, 72 mostraram que a radiação teve um efeito negativo sobre as abelhas, vespas e moscas. Esses efeitos variaram desde uma capacidade reduzida de orientação durante o voo - devido à perturbação dos campos magnéticos - até danos ao material genético e às larvas”, comenta.
Ele diz ainda que essa é uma típica verdade inconveniente para os usuários, pois o telefone celular é parte da vida de praticamente todos os cidadãos do mundo. “Em contraste, são poucos os cidadãos que possuem uma ideia clara sobre a cadeia trófica alimentar ou sobre serviços ecossistêmicos. Os insetos constituem elos da cadeia alimentar. Trata-se de um sistema altamente complexo e, sempre que um dos elos da cadeia é rompido, ocorrem perturbações, com efeitos imprevisíveis. Nós, humanos, estamos situados no topo da cadeia, portanto, qualquer perturbação ao longo da cadeia, afeta diretamente a espécie humana”, indica.
“Atenção maior deve ser dada às novas redes 5G, com velocidade até 100 vezes mais rápidas do que as atuais redes 4G. Avanço tecnológico é fundamental para a qualidade de vida no planeta Terra. Mas, a chave do sucesso está em atentar para a sua sustentabilidade, o seu custo benefício, cotejar os impactos negativos frente aos ganhos que uma tecnologia oferece”, conclui.
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