Os últimos meses podem ter marcado uma nova era de cooperação e investimentos entre China e América Latina, de acordo com Daniel Lau, que é sócio-líder do Desk China da KPMG no Brasil e na América do Sul. De acordo com ele, a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC) realizou uma cúpula com participação do presidente Xi Jinping.
“E é justamente nesse contexto que a CELAC se gabarita como um instrumento formidável para a cooperação mútua entre seus países membros e a China. É nessa cúpula que as nações integrantes podem praticar o multilateralismo e trabalhar na promoção do desenvolvimento comum, além de impulsionar a integração regional com inovação e abertura, beneficiando a população do continente”, comenta.
Naquele dia o presidente chinês destacou que cada vez mais países da região têm promovido cooperação de alta qualidade com o gigante asiático, dentro do escopo da Belt and Road Initiative. “Vale ressaltar que, somente na última década, a China já investiu mais de cem bilhões de dólares na América Latina -- e esse valor só tende a crescer com a adesão de mais nações da região. Ademais, o dinamismo dessa iniciativa aumenta o seu escopo de atuação e garante novos e constantes investimentos, seja em projetos verdes, seja em economia digital”, completa.
“Por tudo isso, o CHINA-LAC é uma vitrine única para governos, empreendedores e empresas acessarem contatos e informações importantes para abrir mercados e fortalecer parcerias. Na ocasião, participei de diversas conversas com autoridades chinesas sobre oportunidades de investimentos em energia renovável, economia digital, locomoção e transporte público, ferrovias, portos e mineração. Notei que existe um ânimo crescente em novos fluxos de comércio exterior, além de um grande apetite em participar de novos projetos que estão no radar neste ano e no próximo. Não à toa, as três gigantes de infraestrutura e as três maiores do setor de energia mundiais, que já estão presentes e ativas na região, confirmaram que a América Latina é região prioritária para aplicação de novos recursos”, conclui.
Nenhum comentário:
Postar um comentário