segunda-feira, 9 de janeiro de 2023

Presidente do PL diz que atos terroristas não representam o partido nem Bolsonaro

 

                                          Reprodução

Valdemar da Costa Neto condenou ataques ao Três Poderes em Brasília

O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, criticou os atos de vandalismo ocorridos neste domingo (8), em Brasília


O líder do partido do ex-presidente Jair Bolsonaro se posicionou contra os atos antidemocráticos de pessoas que se identificam como apoiadoras do ex-presidente.


Em vídeo publicado nas redes sociais, Valdemar disse que os atos não representam o PL nem Bolsonaro.


"Esse movimento de Brasília hoje é uma vergonha para todos nós e não representa o nosso partido, não representa o Bolsonaro”, afirmou Neto.



O presidente do PL disse ainda que as manifestações precisam ser pacíficas.


“Hoje é um dia triste para a nação brasileira. Não podemos concordar com a depredação do Congresso Nacional", disse.


"Todas as manifestações ordeiras são legítimas. A desordem nunca fez parte dos princípios da nossa nação. Quero dizer a vocês que condenamos veementemente este tipo de atitude. E que a lei seja cumprida, fortalecendo a nossa democracia”, concluiu.


Vandalismo

Manifestantes entraram na Esplanada dos Ministérios na tarde deste domingo (8) e invadiram áreas do Congresso, do Planalto e do STF (Supremo Tribunal Federal).


Os descontentes com o resultado das eleições também vandalizaram os prédios e entraram em confronto com a Polícia Militar.


A ação ocorre uma semana após a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).


Os manifestantes saíram do acampamento diante do Quartel-General do Exército, chegaram à Esplanada e se concentraram inicialmente em frente ao Ministério da Justiça.


Depois, uma parte invadiu a parte superior e a área interna do Congresso.


Os manifestantes avançaram para a Praça dos Três Poderes, onde houve confronto. Em seguida, se dirigiram ao Palácio do Planalto, onde entraram em uma parte do complexo e perduraram bandeira do Brasil em uma janela.


Os apoiadores se dirigiram depois ao STF, onde alcançaram uma área restrita de segurança.


O presidente Lula não está em Brasília neste final de semana -viajou para São Paulo e visitava Araraquara, no interior paulista, para acompanhar vítimas das chuvas.


Em pronunciamento durante à tarde, o presidente decretou a intervenção federal na área de segurança do Distrito Federal até o fim de janeiro.


Lula afirmou que todos os manifestantes que invadiram e vandalizaram as sedes dos Três Poderes serão encontrados e punidos.


Lula disse que os manifestantes poderiam ser chamados de nazistas e fascistas e disse que a esquerda nunca protagonizou um episódio similar a este no Brasil.


"Eles vão perceber que a democracia garante direito de liberdade, livre expressão, mas ela também exige que as pessoas respeitem as instituições que foram criadas para fortalecer a democracia".


Os responsáveis poderão ser punidos na Justiça com base na Lei Antiterrorismo, legislação que os próprios bolsonaristas tentaram endurecer visando punir manifestantes de esquerda.

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