A União Europeia acabou revelando o seu plano para combater os altos preços dos fertilizantes, mas já conta com críticas do setor agrícola, segundo informações divulgadas pela Revista Vida Rural de Portugal. Segundo explicado em comunicado, a entidade europeia anuncia que os Estados-Membros vão poder dar prioridade ao “acesso contínuo e ininterrupto dos produtos de adubos ao gás natural, em caso de racionamento deste”.
Levando em conta o plano internacional, a Comissão Europeia pretende continuar a colaborar com os seus Estados-Membros e as instituições financeiras europeias, cooperar com determinados países parceiros da UE para reduzir a dependência e o consumo de adubos minerais importados e melhorar a transparência do mercado mundial dos adubos. Além disso, espera também intensificar o apoio para fazer face às necessidades da balança de pagamentos, nomeadamente através do Fundo Fiduciário do FMI para a Redução da Pobreza e o Crescimento.
No entanto, a associação de agricultores da União Europeia Copa-Cogeca considerou que o seu “desapontamento é tão grande como as expectativas”. A associação declara que, apesar de o plano oferecer algumas estratégias a médio e longo prazo, “simplesmente não aborda os desafios a curto prazo”. “De que serve apresentar uma nova comunicação para finalmente apresentar tão poucas propostas?”, questionou a presidente da COPA, Christiane Lambert.
Em declarações ao portal Euractiv, o comissário da agricultura Janusz Wojciechowski revela que possuem receio de poder prejudicar a indústria europeia de fertilizantes. “Precisamos de produção de fertilizantes aqui na UE, não podemos arriscar que a nossa indústria de fertilizantes seja afetada pelo dumping, o que é muito perigoso para a nossa segurança alimentar”, explicou.
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