Além da quebra na safra brasileira de soja, a preocupação do mercado é com as perdas projetadas nas safra de países muito relevantes no fornecimento da oleaginosa, como Argentina e Paraguai. De acordo com a Consultoria AgResource Brasil. “A expectativa é que essa redução gere uma demanda maior pela soja norte-americana”, aponta a filial filial da empresa norte-americana AgResource Company.
Segundo o diretor da AgResource Brasil, Raphael Mandarino, essa relação deve ser de quase um para um. Isso significa que o fato de a América do Sul deixar de exportar poderá se transformar em uma pressão por originação nos Estados Unidos, o que “deve movimentar os preços para níveis acima dos atuais”, diz a Consultoria.
A AgResource Brasil estima uma produção argentina de soja abaixo de 41 milhões de toneladas, com possibilidade de reduções ainda maiores. “A análise das chuvas de novembro até agora foram decepcionantes. E, de acordo com nosso meteorologista parceiro, Scott Yuknis, da Climate Impact Company, essa tendência deve continuar nas próximas quatro semanas, período importante para a soja do país vizinho”, ressalta Raphael Mandarino.
Na semana passada a filial da empresa norte-americana AgResource Company revisou sua projeção para a produção de soja brasileira nesta temporada. De acordo com o relatório de Janeiro de 2022, os brasileiros vão colher 125,04 milhões de toneladas, um recuo de 18,65 milhões de toneladas, ou de 12,9%, em comparação com a estimativa inicial, de 143,69 milhões de toneladas, realizada em setembro de 2021.
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