A quantidade de lácteos importada pelo Brasil em janeiro de 2022 foi quase 52% menor que a do mesmo mês de 2021, de acordo com a Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri). “Essa expressiva queda é uma repetição do que ocorre desde agosto de 2021 e tende a se repetir pelo menos em fevereiro e março, meses em que as importações de 2021 ainda se apresentavam em patamares superiores aos atuais. A quantidade exportada em janeiro teve comportamento inverso, com crescimento de 38,3% sobre janeiro de 2021”, comenta.
“No Boletim Agropecuário anterior destacou-se que na reunião do mês de janeiro do Conseleite/SC (dia 26) poderia se repetir o ocorrido nas reuniões de novembro e dezembro de 2021, que foi a não aprovação da resolução com os preços de referência para publicação. Isso se confirmou e, em Santa Catarina, segue-se sem esse parâmetro mensal divulgado desde agosto de 2007, mês da primeira resolução do Conseleite/SC. A reunião de fevereiro está marcada para o dia 25, quando se espera a retomada da publicação mensal das resoluções”, completa.
Embora importante, essas recuperações nos preços recebidos ainda são insuficientes para cobrir os custos de produção de parte dos produtores. “A expectativa é de que isso se altere com redução ainda mais significativa da oferta interna, que deve acontecer, sobretudo, a partir de abril. Isso indica a precariedade da demanda interna atual de lácteos. Não fosse isso, certamente os preços internos já teriam reagido com a expressiva queda na quantidade de leite adquirida pelas indústrias inspecionadas no segundo semestre de 2021”, conclui.
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