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Forbes
O bilionário russo Roman Abramovich anunciou ontem (26) que entregará “a administração e os cuidados” do Chelsea Football Club aos curadores da fundação de caridade do clube.
Abramovich é proprietário do time há quase 20 anos. O comunicado foi divulgado pelo Chelsea depois que o Reino Unido anunciou sanções contra Rússia e seus oligarcas, em reação à invasão da Ucrânia.
O bilionário – que já perdeu US$ 1 bilhão (R$ 5,16 bilhões) desde terça-feira (22), quando ocorreu a invasão – disse em comunicado que acredita que os curadores da fundação “estão na melhor posição para cuidar dos interesses do clube, jogadores, funcionários e torcedores”.
O anúncio ocorre depois que o primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, delineou na quinta-feira (24) sanções contra bancos russos, membros do círculo íntimo do presidente Vladimir Putin e outros russos ricos que depositam suas riquezas em território britânico.
O bilionário comprou o Chelsea FC por cerca de US$ 190 milhões em 2003 (cerca de R$ 551 milhões na conversão da época) e agora está avaliado em US$ 3,2 bilhões (R$ 16,5 bilhões), segundo estimativas da Forbes.
Apólice de seguro
Apesar do gesto significativo de entregar a gestão do Chelsea, Abramovich ainda pode usá-lo para se proteger caso o Reino Unido vá atrás de seus bens: o clube deve ao bilionário russo, seu acionista majoritário, impressionantes US$ 2 bilhões (R$ 10,33 bilhões).
Kieran Maguire, professor de finanças do futebol da Universidade de Liverpool, diz que isso confere a Abramovich bastante influência sobre o Reino Unido, dependendo de quão profundas forem as sanções. O pior cenário para os torcedores do Chelsea se torna cada vez mais provável, porque se ele cobrar o empréstimo pode levar o clube à falência.
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