O destaque principal para o mercado agrícola do Brasil é o dólar, que atingiu a mínima de R$ 5,05 ante o real, menor valor em 7 meses, tornando o produto agrícola brasileiro menos competitivo no mercado internacional. Quem informou isso foi a AgResource Brasil.
“Com os preços do milho do Brasil para exportação mais altos que no Golfo dos EUA, por conta também da quebra de safra, nossa expectativa é que as exportações brasileiras nas próximas quatro a cinco semanas sejam mínimas”, comenta a consultoria.
Enquanto isso, a projeção de produção de grãos no Brasil continua caindo. “Hoje, a Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural (Epagri) de Santa Catarina anunciou uma quebra de 21,6% da soja, com perdas de 511,6 mil toneladas e produção de 2,004 milhões de toneladas, ante estimativa inicial de 2,556 milhões de toneladas. Na produção de milho verão, a quebra soma 936,2 mil toneladas, com safra indicada em 1,774 milhão de toneladas, contra estimativa de 2,71 milhões de toneladas”, completa.
“Já na China, fontes disseram à AgResource que o país asiático vai leiloar soja das reservas para diminuir o impacto dos problemas de oferta e demanda no curto prazo e reduzir o temor de importadores e compradores finais, que estão apreensivos em realizar novas compras diante dos altos preços atuais. A perspectiva é que no longo prazo, essas reservas chinesas precisem ser recompostas, gerando um aumento da demanda. Além disso, entendemos que o problema no balanço de oferta e demanda global só será resolvido através de produtividades maiores em ambos os hemisférios nos próximos 12 meses”, conclui.
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