As nomeações de trigo em grão da safra 2021 para as exportações em janeiro totalizaram 21,83 mil toneladas, queda de 56,4% ou 28.321 mil toneladas, comparado a 50.151 mil toneladas em janeiro de 2021. As informações foram divulgadas pela TF Agroeconômica neste início de semana.
“Comparando com mais dois anos, são 36% ou 12,32 mil toneladas inferiores a 34,15 mil toneladas em 2020 e 26.434 mil toneladas ou 54,7% menos de 48.264 mil toneladas em 2019. Das quase 22 mil toneladas indicadas em janeiro, 45,8% ou 10 mil toneladas foram registradas na primeira quinzena e 11,83 mil toneladas ou 54,2% na segunda metade do mês. Em 2021 eram 33,5 e 66,5% ou suas respectivas 16,8 e 33.351 mil toneladas”, comenta.
Não há dúvidas de que a safra de trigo de 2021 é menor que as três últimas, porém, há mais um ingrediente pela queda nas exportações de trigo em janeiro de 2022 em relação a 2021. “Com a quebra da colheita de soja 21/22, de cerca de 65% ou cerca de seis milhões de toneladas, não havia necessidade de retirar o trigo para armazenar soja, portanto, menos foi vendido e menos foi exportado. Os maiores exportadores de cereais em janeiro foram os cerealistas com 68% ou 14,9 mil toneladas seguidos pelas cooperativas com 19% ou 4,1 mil toneladas, os comerciantes exportaram 11% ou 2,33 mil e os agricultores 2% ou 500 toneladas”, completa.
“A quantidade acumulada de trigo indicada para exportação para a safra 2021, setembro/janeiro 21/22, é de 99 mil toneladas, 37% ou 59 mil toneladas a menos que as 158 mil toneladas da safra 2020, setembro/janeiro 20/21. Sobre os preços, continuaram praticamente estáveis, nesta segunda-feira, a US$ 295 em Campo 9, US$ 307 no Oeste do PR e US$ 320 no Sul do MS. Houve apenas um negócio a US$ 300 FOB no mercado interno “por sorte”, porque os outros vendedores querem mais do que isto. Com perdas na soja, no milho e no trigo, os produtores tem que pedir mais para reduzir o prejuízo”, conclui.
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