terça-feira, 22 de fevereiro de 2022

Mercado de genética bovina cresceu mais de 21% em 2021

 


Publicação apresenta os dados atualizados da inseminação artificial
Por:  -Eliza Maliszewski


A Associação Brasileira da Inseminação Artificial (ASBIA) lançou a nova edição do Index ASBIA, com os dados acumulados do ano de 2021. A publicação revela o crescimento do setor da genética bovina nacional e indica aumentos expressivos de produção e comercialização de doses de sêmen.



O principal destaque diz respeito ao crescimento das vendas de genética brasileira. A saída de doses de sêmen para cliente final, exportação e prestação de serviço atingiu um crescimento de 21% – foram 28.706.330 doses em 2021, face a 23.705.584 em 2020.


“Nos últimos anos, o setor de inseminação artificial brasileiro vem registrando um crescimento exorbitante e revelando que cada vez mais produtores rurais investem nas estratégias genéticas para aumentar a produtividade, a eficiência e a sustentabilidade dos rebanhos, contribuindo com ganhos importantes para toda a cadeia produtiva do leite e da carne", comenta o Executivo da ASBIA, Cristiano Botelho.


Além disso, a exportação de genética brasileira para o exterior também chama a atenção. Em 2020, 508.096 doses de sêmen foram vendidas – no ano passado, esse número subiu para 865.737, ou seja, um crescimento exponencial de 70%. A estatística ilustra a valorização do sêmen produzido no Brasil e sua influência internacional. "É a prova de que o Brasil está na linha da frente do setor da inseminação artificial – mais e mais produtores e empresas internacionais estão investindo na nossa genética", comemora Cristiano.


Dentro do Brasil, as vendas de genética para o cliente final aumentaram 18% (foram 25.449.957 doses vendidas no país, contra 21.575.551 em 2020). O destaque vai para o sêmen de raças de corte, que registrou um aumento de vendas de 22%. Já o setor leiteiro respondeu por um crescimento de 6% nas vendas.


A prestação de serviço também marcou um aumento expressivo – foram 2.390.636 doses destinadas para esse intuito, um pulo de 47% em relação a 2020, quando foram contabilizadas 1.621 937 doses.


O Index ASBIA também revela que a inseminação artificial foi usada em um total de 4.463 municípios brasileiros, representando um aumento de 4,1% no alcance da tecnologia, em relação a 2020.


A coleta de sêmen em 2021 somou um total de 23.919.732 doses em todo o país, de janeiro a dezembro. Este número consolida um crescimento de 61% face ao ano anterior, quando foram coletadas 14.899.623 doses. As importações de genética cresceram 12% (foram adquiridas 11.978.662 doses do exterior no decorrer do ano, contra 10.978.662 em 2020). Desta forma, a entrada de doses de sêmen no mercado nacional aumentou 40.4% entre 2020 e 2021, alcançando 35.898.394 doses, face a 25.577.639 no ano anterior.


A publicação periódica é desenvolvida pela ASBIA e pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (CEPEA-Esalq/USP)

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