Agência Brasil
Em evento fechado nas instalações da Eletronuclear, em Angra dos Reis, foi comemorada nesta quinta-feira (10) a assinatura de contrato com o consórcio formado por Ferreira Guedes, Matricial e Adtranz, que permitirá a retomada das obras da usina nuclear Angra 3. Segundo a estatal de energia nuclear, a construção foi paralisada em 2015, com 65% das obras concluídas e R$ 7,8 bilhões gastos.
As empresas integrantes do consórcio foram as vencedoras da licitação para contratar os serviços no âmbito do Plano de Aceleração do Caminho Crítico da unidade, informou a Eletronuclear. O acordo entre as partes foi assinado ontem (9) e divulgado à noite pela Eletrobras, em comunicado ao mercado.
O consórcio escolhido foi anunciado em julho do ano passado. Superadas as etapas de recurso, as três companhias passaram por avaliação de compliance (governança), bem-sucedida.
No fim de janeiro deste ano, a assinatura do contrato foi aprovada pelo Conselho de Administração da Eletrobras. O resultado da licitação recebeu, em seguida, anuência da Diretoria Executiva e do Conselho de Administração da Eletronuclear.
Mobilização
O consórcio inicia agora a fase de mobilização do canteiro de obras e pretende retomar em breve a construção da usina. Seggundo a Eletronuclear, a conclusão da superestrutura de concreto do edifício do reator de Angra 3 é uma das principais medidas previstas no Plano de Aceleração do Caminho Crítico da unidade. Será feita também parte importante da montagem eletromecânica, que compreende o fechamento da esfera de aço da contenção e a instalação da piscina de combustíveis usados, da ponte polar e do guindaste do semipórtico.
Mais adiante, haverá nova licitação para contratar a empresa, ou consórcio, que finalizará as obras civis e a montagem eletromecânica da usina, o que ocorrerá por meio de contrato de EPC (sigla em inglês para engenharia, gestão de compras e construção). Nem a Eletrobras, nem a Eletronuclear forneceram o cronograma das etapas previstas.
Procurado pela Agência Brasil, o presidente da Eletronuclear, Leonam dos Santos Guimarães, disse que não poderia falar sobre a retomada de Angra e explicou: “Estamos em período de silêncio que antecede a divulgação do balanço”.
Edição: Nádia Franco
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