Uma semana após ouvir e ver o deputado estadual Zeca do PT dizer que a Cassems (Caixa de Assistência dos Servidores do Estado de Mato Grosso do Sul) não presta contas do dinheiro público, o presidente do plano de saúde, Ricardo Ayache, reagiu dizendo haver total desconhecimento do parlamentar, tanto sobre o estatuto quanto sobre as finanças.
Com a presença de Ayache no anel inferior das galerias da Casa, Zeca aproveitou a cerimônia de posse, ocorrida no dia 1º, para cobrar transparência da Caixa de Assistência dos Servidores.
“A Cassems, por um erro meu, do meu governo, não presta conta do dinheiro pra ninguém e deve fazê-lo. Segundo, os mandatos são ad perpetum, não pode. Devo propor uma resolução, um projeto que dê no máximo uma reeleição aos seus diretores e que preste contas pra esta Casa, porque ali tem dinheiro público”, disparou.
Hoje, durante entrevista ao vivo ao programa Rádio Livre, da FM 104,7 Educativa, o presidente da Cassems se defendeu e, embora sem citar nomes, sugeriu que o deputado petista desconhece a realidade da instituição de saúde.
Segundo ele, as eleições na Cassems acontecem de forma direta, com a participação por voto de cada servidor público associado.
Ele atesta que a gestão democrática e a possibilidade de reeleição são previstas em estatuto.
Conforme o presidente da Cassems, além do voto, os servidores participam da gestão também por meio dos conselhos de administração, fiscal e de consultorias médicas.
Prestação de Contas
“Já a prestação de contas acontece trimestralmente e anualmente, com a participação de seus “donos”, os servidores públicos, e de conselheiros indicados pelo próprio Governo do Estado”, garante ele, que é candidato a mais uma reeleição.
Balanços, despesas e receitas estão, segundo ele, atualizados no Portal da Transparência.
Essa gestão compartilhada, mas austera, garantiu, segundo Ayache, que a Cassems conquistasse nota 9 de 10 em um índice nacional de planos de saúde que avalia sustentabilidade, equilíbrio financeiro e transparência.
Novos investimentos
Entre metas de curto e médio prazo apresentadas por Ayache estão a conclusão do Hospital de Dourados, que contará com 157 leitos, três vezes mais do que o atual e terá serviços e estrutura nos moldes do Hospital Cassems de Campo Grande.
Ele garante que a unidade hospitalar será referência na região e ampliará a oferta de consultas e tratamentos.
Ainda no interior, Ayache prevê ampliação de cobertura ambulatorial e a chegada de novo aparelho de ressonância magnética em Aquidauana, ampliação dos hospitais de Três Lagoas, Nova Andradina e Paranaíba e nova Unidade de Tratamento Intensivo e Hemodinâmica em Ponta Porã.
Na área odontológica, a Cassems pretende mudar os atuais conceitos de tratamento, ampliando o acesso com credenciamento de novos profissionais e consultórios em todo o Estado, nova ortodontia e uma unidade móvel que percorrerá os municípios do Estado, com destaque para os menores e com mais carência de cirurgiões dentistas.
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