Pixabay
Temores de perdas estão tomando conta do governo do presidente Alberto Fernández, com as bolsas de grãos alertando que a deterioração de até 2 pontos do Produto Interno Bruto (PIB) este ano. E isto causaria danos significativos aos cofres do estado da Argentina e suas chances de cumprir as metas fiscais delineadas em seu acordo de dívida multibilionária com o Fundo Monetário Internacional.
Segundo estimativas da Bolsa de Valores de Rosário, o impacto da seca apagaria 2,2 pontos do PIB até 2023. Um relatório apresentado pela Bolsa cortou as estimativas para a colheita de trigo, soja e milho em 28,5 milhões de toneladas, equivalente a 23% da produção inicial esperada.
O custo da seca de 2022/23 já chega a US $10,425 bilhões para os produtores de soja, trigo e milho e apagaria 2,2 pontos da estimativa do PIB deste ano, alertou, acrescentando que a situação “pode piorar se o déficit de chuvas continuar”.
“Quando falamos em perda de receita líquida do setor produtor, estamos nos referindo à diferença entre a margem líquida do produtor estimada no momento da semeadura, com rendimento médio em condições climáticas normais, e a que se espera até hoje, em decorrência da seca", explicou a entidade comercial de Rosário.
“Essa análise leva em conta tanto a perda de rendimento, quanto os hectares que foram semeados e não podem ser colhidos, e aqueles que nem puderam ser semeados por falta de umidade”, acrescentaram.
A menor receita com as exportações também tem um efeito cascata em fretes, serviços financeiros e intermediários, assim como uma menor demanda no setor de construção, etc. É o que se chama de efeito multiplicador da agricultura sobre o consumo na Argentina. No início desta semana, a bolsa de Rosário disse que a Argentina perdeu metade da safra de soja em sua principal área de cultivo, o fértil pampa húmeda, devido à seca
“Embora se soubesse que seria uma safra muito difícil por causa da estiagem, o que se viu superou os piores pesadelos dos produtores”, disse a bolsa. Alertando que “as perdas econômicas serão muito grandes”, a bolsa de grãos disse que “há queda na área semeada devido à extrema falta de água” e a expectativa é de que “pode haver produtores que não colham nada este ano.”
As informações foram apuradas pela equipe Agrotempo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário