As cotações do milho saíram de R$ 101,47 por saca no início de agosto e fecharam a terça-feira, 31, em R$ 94,76 por saca. É o que aponta o indicador Esalq/BM&FBovespa, do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).
“No acumulado do mês, o recuo é de 6,55%, ou de R$ 6,71 por saca. O avanço da colheita da segunda safra de milho no Brasil e a consequente maior oferta de grãos no mercado interno está pressionando os preços do cereal”, comenta a Consultoria AgResource Brasil.
FUTUROS B3
De acordo com a Consultoria TF Agroeconômica, já passaram os “momentos de desespero, em que mesmo diante da colheita da safrinha compradores viram-se obrigados a pagar até R$ 100,00 pela saca de milho, para garantir não somente os lotes, mas também a qualidade do cereal os preços começam a ganhar uma nova toada, em que, através de um recuo do dólar e de um movimento importador que ganhou forças, voltam a recuar nesta quinta-feira na bolsa de mercadorias”.
“De um modo geral, os preços do milho no mercado futuro de São Paulo acompanham o recuo dos preços do milho no mercado físico, como anunciamos há um mês, diante do grande volume das importações e dos preços mais baixos do que os oferecidos pelo mercado local”, comentam os analistas.
Ainda de acordo com a TF, os produtores paranaenses, por exemplo, têm “recusado a todo custo contratos futuros, sejam estes de soja ou de milho. “Em conversa com tradings hoje, estimou-se que este ano está sendo atípico nesse sentido: praticamente não há negócios para safras novas, a procura é extremamente escassa e as indicações têm sido para cumprir rotina”, conclui a Consultoria.
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