segunda-feira, 27 de setembro de 2021

Argentina reforça vigilância contra gafanhotos

 


Agentes do Senasa detectaram adultos isolados que estão em fase reprodutiva
Por:  -Eliza Maliszewski


Depois do susto no ano passado com nuvens migratórias gigantes de gafanhotos e ameaças às plantaçoes, a Argentina redobra o monitoramento dos insetos. O Serviço Nacional de Saúde e Qualidade Agroalimentar (Senasa) acompanha de perto o comportamento das populações da espécie Schistocerca cancellata e o seu desenvolvimento de maturação para detectar a hora e os locais de oviposição (posição dos ovos) nos diferentes departamentos onde estão espalhados.



Ao longo do ano, as equipes realizaram ações de monitoramento em departamentos por onde passaram há muito tempo nuvens vindas de países vizinhos. Este ano, ao contrário de outros, a sua detecção ocorreu em departamentos onde os insetos não necessariamente circulavam, como os departamentos Comandante Fernández, Maipú, Independencia, O'Higgins, Quitilipi e o prefeito Jorge Fontana; especialmente em campos com lavouras de soja e algodão.


“Embora não sejam nuvens, mas sim dispersões de gafanhotos nas lavouras, notamos que estão amadurecendo sexualmente e as fêmeas têm ovos altamente desenvolvidos no abdômen. Quando as chuvas chegarem, haverá oviposição no solo e em pouco tempo haverá o nascimento de novos gafanhotos que sairão se alimentando de matéria vegetal e coincidirão com o surgimento das lavouras de verão”, explicou o resposnável pelo controle no Centro Regional Chaco Formosa del Senasa, Julio González.


A postura dos ovos é feita em solos compactos e sem vegetação. Cada fêmea põe entre 80 e 120 ovos e os nascimentos ocorrerão na primavera. Os ovos são agrupados na forma de espinhos que são depositados no subsolo. Diante dessa situação, o Senasa recomenda que os produtores façam o monitoramento de suas lavouras para observar as populações de lagostas e possíveis locais de postura, e notifiquem imediatamente os técnicos da Agência, do Instituto Nacional de Tecnologia Agropecuária (INTA) ou do Ministério da Produção, que o farão venha até o local para verificar se é Schistocerca cancellata. Veja abaixo os pontos de monitoramento atuais no país:

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