terça-feira, 28 de setembro de 2021

Desemprego recua puxado pela agricultura

 


O avanço recente das contratações está ocorrendo principalmente em setores que empregam relativamente mais mão de obra informal
Por:  -Leonardo Gottems

A ocupação no Brasil avançou e o desemprego acabou recuando de 15,1% em março para 13,7% em junho, de acordo com dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), sendo a agricultura um dos setores responsáveis pelo feito. O levantamento foi feito a partir da desagregação dos trimestres móveis da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 



“O estudo, divulgado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) nesta segunda-feira (27/9), mostra também que taxa de desocupação dessazonalizada em junho (13,8%) é a menor apurada desde maio de 2020. O avanço recente das contratações está ocorrendo principalmente em setores que empregam relativamente mais mão de obra informal, como setores de construção; agricultura; e serviços domésticos, que registraram crescimento anual da população ocupada de 19,6%, 11,8% e 9%, respectivamente. Desta forma, no segundo trimestre de 2021, na comparação interanual, observa-se uma expansão de 16% dos empregados no setor privado sem carteira e de 14,7% dos trabalhadores por conta própria”, diz o Ipea, por meio de sua assessoria de imprensa. 


De acordo com os dados, o aumento do emprego no segundo trimestre ocorreu de forma disseminada para todos os segmentos da população quando comparado com o mesmo período do ano anterior. “O destaque foi para a expansão da ocupação entre as mulheres, jovens e trabalhadores com ensino médio completo, com crescimento de 2,2%, 11,8% e 7,0%, respectivamente”, completa. 


“Apesar dos resultados positivos, alguns indicadores importantes mostram que outras dimensões do mercado de trabalho brasileiro ainda seguem em patamares bem desfavoráveis. Além da já mencionada alta na informalidade, observa-se a manutenção da subocupacão em patamar elevado e o aumento do tempo de permanência no desemprego”, conclui. 


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