terça-feira, 14 de abril de 2020

Covid-19 pode ter provocado a morte de quatro mulheres em Campo Grande


Natalia Yahn


Pelo menos mais duas mortes que podem ter sido provocadas pela Covid-19 em Campo Grande são investigadas pelas autoridades de saúde.

Mas desde os primeiros casos confirmados da doença em Mato Grosso do Sul, no dia 14 de março, outras 15 pessoas foram sepultadas em Campo Grande com protocolo de suspeita da Covid-19, de acordo com dados do Sindicato das Empresas do Segmento Funerário no Estado (Sindef-MS).

Uma das vítimas da Capital não teve a idade revelada e a outra tem 18 anos. Porém uma delas morreu no sábado (11) e deveria ter sido sepultada no Cemitério Santo Amaro ontem (13) às 8h. Mas o sepultamento direto, sem velório, não ocorreu até o fechamento desta edição. O corpo estava no Instituto de Medicina e Odontologia Legal (IMOL), na Capital, para coleta de material e identificação do novo coronavírus.

O mesmo ocorreu com a jovem Jenifer Tais Rodrigues de Morais, de 18 anos, que morreu na noite de domingo (12), no Centro Regional de Saúde (CRS) Tiradentes. A Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) informou que o caso dela é investigado como suspeito de Covid-19, pois a jovem tinha bronquite asmática e por conta de uma crise, foi levada a unidade de saúde. Por ter sido vítima de síndrome respiratória todos os protocolos são seguidos, para confirmar a doença e também relativo ao sepultamento. A denúncia da família, de que a jovem sofreu reação alérgica da medicação que foi dada a ela na unidade de saúde será investigada, de acordo com a Sesau.

Caso sejam confirmadas, sobe para quatro a quantidade de mortes provocadas pela Covid-19 na Capital. Até ontem eram dois óbitos confirmados. A primeira morte confirmada pela doença foi na madrugada de domingo (12) no Hospital Regional (HRMS). A paciente, uma mulher de 71 anos, tinha problemas cardíacos e diabetes.

O caso foi confirmado apenas ontem (13), mesmo dia que morreu outra mulher, de 62 anos no Hospital da Unimed. Ela estava internada no local desde o dia 28 de março, e já tinha confirmação da doença. Ela tinha câncer e estava na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) desde o dia 1° de abril. Após nove dias respirando com ajuda de aparelhos, ela saiu da ventilação mecânica na quinta-feira (9), mas continuou internada na UTI. Porém ontem apresentou piora significativa e morreu. O marido dela, que é cadeirante, também está com Covid-19 e em internação clínica no mesmo hospital.

“A gente tem dois óbitos já em Campo Grande, outros em investigação. Agora todo óbito que acontece ele acaba em investigação. Então todas as pessoas que morrerem vão ter que ter avaliação em relação ao Covid”, afirmou o titular da Sesau, José Mauro de Castro Filho.

Com informação do Portal Correio do Estado

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