Homem mal sabia que corrida ao Jardim Carioca seria a última de sua vida
Duas mulheres e um adolescente são os culpados por matarem o taxista Luciano Barbosa, 44 anos, encontrado morto no domingo (26). Os acusados são um jovem de 17 anos, uma jovem de 19 e outra de 21. A Polícia Civil prendeu as duas mulheres e apreendeu o adolescente por roubo qualificado, associação criminosa e posse e porte de arma de fogo.
O menor de idade tinha uma arma que foi encontrada pelos policiais com uma bala a menos que a capacidade do cartucho, ele já foi aprendido pela polícia em outra oportunidade. O delegado Pablo Gabriel Farias da Silva explicou que ele “gostava de se gabar por ter uma arma e cometer crimes. Contava que o irmão está preso em uma prisão de segurança máxima como se fosse uma coisa boa”. Nenhuma das mulheres possui antecedentes criminais.
Ainda segundo o delegado, o crime não foi premeditado porque o aplicativo chama corridas ao acaso. “Como é por aplicativo, tem a possibilidade de chamar várias opções de carros, então não acho que tenho sido uma coisa pensada com antecedência”. Acompanhe como o crime aconteceu em ordem cronológica:
20h: Os suspeitos de 17 e 21 anos saem de casa para cometer algum crime, a de 19 anos fica em casa porque “não faz essas coisas”.
Entre 22h e 23h: 17 e 21 anos decidem roubar um carro e ligam para a de 19 para ela baixar um aplicativo de corridas e pedir um táxi, ela pega dados de documentos de um segundo homem, de 24 anos que é amigo dos assassinos, para realizar o cadastro. No início ele foi considerado suspeito, mas descartado depois das confissões.
23h: A vítima liga o aplicativo de corridas em casa e recebe uma chamada de viagem do Shopping Campo Grande para o Jardim Carioca, ele aceita porque é de uma mulher.
Entre 23h40 e 23h58: A vítima pega seus assassinos no shopping e os leva até o destino, no Jardim Carioca. O carro para e em um intervalo de 40 segundos o jovem de 17 anuncia o assalto no banco de trás para Luciano, que segundo a versão dos culpados, reage, leva um tiro na cabeça e é abandonado no local. A polícia ainda investiga se houve reação ao assalto ou não.
Depois disso os culpados saem com o carro do local e o aplicativo que estava rastreando a corrida é deletado do celular da suspeita que pediu a corrida. A intenção dos assassinos, que ainda está sendo investigada pela polícia, era levar o carro para Sidrolândia, onde receberiam uma quantia em dinheiro pelo automóvel. Mas na viagem de volta eles teriam se dado conta da gravidade do cometido, então jogaram os celulares pelas janelas do carro no caminho e abandonaram o veículo no bairro Guanandi. No outro dia eles encontraram com outros amigos e foram para uma festa, onde consumiram bebidas alcoólicas.
Segundo o delegado, os suspeitos chegaram a delegacia com uma versão bem combinada de horários e locais. Mas depois que o primeiro suspeito confessou, o discurso dos outros dois apresentaram incoerência e todos confessaram. “Eles mentiram muito”, apontou o delegado.
Com informação do Portal Correio do Estado
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